Espírito Santo tem média de cinco bicicletas furtadas por dia

Desde o início de 2021, no Espírito Santo foram registrados 900 furtos de bicicleta. Por dia, o número atinge uma média de cinco bikes furtadas em todo o Estado. Apesar do alto valor, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) afirma que o índice desse tipo de furto caiu em comparação ao ano passado.

Quem entrou para a lista de vítimas desse tipo de roubo foi o artesão Mar Azul de Andrade. Ele conta que passou um dos piores momentos da vida ao perceber que após emprestar a bicicleta para o funcionário de um lava-jato, ele teria sido vítima de um furto.about:blank

“O cara sumiu, não me respondia, falou que o pneu da bicicleta tinha furado e que tinha deixado ela em uma oficina. Tentei procurar ele, o cara não estava mais lá. Ele sumiu até com meu carro e não me respondeu mais. Fiquei desesperado porque não tinha mais informações do cara, não sabia onde ele morava”, contou.

O artesão decidiu divulgar o caso do furto nas redes sociais e buscar ajuda na polícia. Mar Azul conseguiu recuperar o carro e a bicicleta. Ambos os bens estavam em São Paulo.

“Comecei a divulgar o mais rápido possível, em grupo, com amigos, ainda mais que é uma bicicleta diferente, ela é de trilha e só tem uma aqui no Espírito Santo, então pedi para a galera espalhar bastante foto. Recebi notícia de que tinham visto o cara indo para outro Estado”, explicou.

Mar Azul conseguiu recuperar os veículos, mas nem todo mundo tem essa mesma sorte. Com relação aos furtos de bicicletas no Espírito Santo neste ano, os números impressionam. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública. (Sesp), quase 900 bikes foram vítimas da criminalidade.

“São números preocupantes. A bicicleta é um bem realmente visado porque ela é bem vendável e as bicicletas hoje em dia estão com valores cada vez mais altos. Tem bicicletas que custam preço de carros”, afirmou o delegado André Landeira.

Tendo ciência dos altos índices de furtos de bicicletas, os capixabas não costumam bobear. Sempre deixam os veículos presos em cadeados e correntes mas nem sempre esse método é suficiente para inibir a ação dos criminosos.

“Se eu tivesse uma bicicleta hoje, eu faria alguma coisa para identificá-la na mesma hora logo depois de comprar, seja com arranhão ou número e sempre registrar essa marca feita, porque se eu vier a ser furtado eu vou colocar essa identificação no registro de ocorrência para não ter nenhum tipo de dúvida quando eu encontrar essa bicicleta”, apontou o delegado.

Tipos de furto

Ainda de acordo com o delegado, caso o criminoso que cometa o furto tenha ajuda de um comparsa, o furto passa a ser classificado como qualificado e a pena é maior. Caso o criminoso quebre a corrente, o cadeado, ou danifica a bicicleta para cometer o furto, o crime também deixa de ser simples e passa a ser qualificado.

“É furto simples quando não precisou arrombar o cadeado ou a tranca. A bicicleta estava solta, a pessoa sobe na bicicleta e sai pedalando. Nesse caso, a pena pode chegar a quatro anos. Mas se a pessoa danificar ou quebrar a proteção passa a ser qualificado pela quebra de obstáculo e a pena chega a oito anos”, explicou.

O delegado alerta a população sobre a importância da realização do boletim de ocorrência, para que os crimes não deixem de ser investigados.

*Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.