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Construções querem adotar sistemas de reaproveitamento de água

Por Glenda Machado

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 20:42

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Imóveis podem ter sistemas de captar e reutilizar água da chuva, do chuveiro, da máquina de lavar, da piscina

Ricardo ministrou palestra hoje sobre reaproveitamento da água nas construções no Sindicig.

Ricardo ministrou palestra na tarde de hoje sobre reaproveitamento da água nas construções.

Construção civil sustentável. Essa frase pode parecer contraditória ao se ler em um primeiro momento, mas se analisarmos as novas tecnologias aliada à consciência ambiental é possível tornar essa frase em realidade.

Construções com energia solar, captação de água da chuva e reuso da água de esgoto são algumas alternativas que até então eram pouco exploradas, mas que estão ganhando destaque diante do cenário da falta de água.

E por mais distante que pareça, algumas dessas medidas já estão sendo praticadas em Guarapari. Esse foi o tema da palestra realizada na tarde de hoje no Sindicato da Indústria da Construção Civil de Guarapari (Sindicig).

“O nosso objetivo com a palestra é mostrar aos construtores que obras mais sustentáveis são viáveis. Os imóveis impactam na sociedade em torno de 50 anos ou mais, que é a vida útil da construção, e podemos adotar medidas que gastem menos energia e que gastem menos água”, disse o presidente do Sindicig, Fernando Otávio.

De acordo com ele, muitos prédios na cidade já adotaram o sistema de energia solar e já há projetos que ainda estão na planta com processo de captação e reaproveitamento da água da chuva. “O município também pode contribuir com incentivos para as obras que tenham itens sustentáveis, como licenças mais baratas”, ressalta Fernando.

Ele lembra o exemplo do IPTU Ecológico. “Descontos para edifícios que tenham medidas sustentáveis”, explica. Fernando ainda destaca o decreto aprovado recentemente em Vila Velha. “A prefeitura vai dar prioridade na análise dos projetos que tenham itens de sustentabilidade. Uma aprovação que demora em média um ano, por exemplo, poderá sair antes se for uma obra ecológica”, disse.

E reforça que é possível absorver o custo da obra dentro do mercado. “Para se ter, por exemplo, o sistema de captar e reutilizar a água da chuva gera um aumento de 0,5% a 1% no valor integral da obra. E depois a economia gerada com o gasto da água compensa pagar um valor um pouco maior do imóvel”, explica.

E não é apenas suposição. Fernando pode comprovar tal afirmação. Há 15 anos, ele já tem sistema de captação e reuso da água da chuva, da lavanderia e da piscina na Pousada Duas Praias na Praia do Morro. Além de preservar o meio ambiente, praticar o desenvolvimento sustentável, ainda gera uma economia em torno de 30%.

O palestrante, o engenheiro civil e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ricardo Franci, também deu vários exemplos de sistemas de reaproveitamento da água usadas em todo o país e no exterior. Mas não precisa ir muito longe. As nossas cidades vizinhas já está reaproveitando água usada no próprio prédio.

“Nós temos dois meios de reserva de água: a potável e a que chamamos de cinza. Esta última é a que não tem contribuição fecal (descarga sanitária) nem de gordura (cozinha), mas que vem do chuveiro, da máquina de lavar, do tanque e da chuva. Isso já existe em muitos empreendimentos na Grande Vitória”, conta Ricardo.

De acordo com ele, essa água reaproveitada só pode ser usada para descarga e uso de área comum como lavagem da garagem. “A nossa legislação brasileira ainda não permite outro tipo de uso. Mas na Europa, por exemplo, usam para lavar roupa. Agora, para beber, ainda não é permitido, porque o tratamento não consegue dissolver alguns elementos químicos que podem estar presentes como do shampoo ou do creme dental”, explica.

 Reportagem: Lívia Rangel

 

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