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Médica esclarece verdades e mitos sobre febre

Por Redacão Folha Vitória

Publicado em 29 de maio de 2017 às 11:14

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Primeiro alerta de que algo não vai bem no organismo, a febre traz não apenas desconforto para o paciente, mas preocupação para quem está em volta. Diante do fenômeno – uma reação a uma inflamação ou infecção –  não raro entra em cena uma série de mitos sobre suas causas, perigos e o tratamento necessário.

A coordenadora do departamento de Clínica Médica da Samp, Milena Piana, defende que a febre não precisa, necessariamente, ser tratada com medicamentos e alerta que alguns hábitos, como esponjar o corpo com água, podem causar mais desconforto do que resultado.

samp milena piana - Médica esclarece verdades e mitos sobre febre

A coordenadora do departamento de Clínica Médica da Samp, Milena Piana, defende que a febre não precisa, necessariamente, ser tratada com medicamentos

A Samp conta agora com uma clínica em Guarapari. Fica dentro do Instituto do Rim, na Praia do Morro, e oferece atendimento eletivo em Clínica Médica, Urologia, Cardiologia, Endocrinologia, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Pediatria e Gastroenterologia. A marcação de consultas pelo telefone (27) 3061-8700.

Saiba mais sobre como lidar com a febre na entrevista a seguir.

 – A partir de que temperatura se pode considerar que uma pessoa está com febre? 

A febre é uma resposta do organismo diante de uma doença, na maioria das vezes infecção ou inflamação, e é caracterizada pela ativação de sistemas imunológicos do corpo e pela elevação da sua temperatura acima da variação diária normal.

A temperatura média normal do corpo é até 37,2ºC no período da manhã e 37,7 C no restante do dia. Pode variar com a idade, horário, nível de atividade e fase do ciclo menstrual em mulheres, entre outros fatores. Bebês e crianças geralmente apresentam temperaturas corporais mais altas que adultos e adolescentes.

A elevação de temperatura considerada relevante depende da idade. Em neonatos (até 30 dias de vida) e bebês com até 3 meses, é necessária maior atenção clínica quando a temperatura retal supera 38ºC. Em crianças de 3 meses a 3 anos, deve-se ter maior atenção quando a temperatura retal estiver acima de 39ºC; outras crianças e adultos devem ter maior atenção quando a temperatura aferida de forma oral supera 39,5ºC.

– Quando a febre é motivo de preocupação?  

Em pessoas de qualquer idade, a febre é motivo de preocupação quando é acompanhada de sintomas como dor de cabeça forte e persistente, sensibilidade excessiva à luz, dor de garganta que impede a deglutição, vermelhidão na pele, nuca endurecida e dolorosa ao curvar a cabeça, confusão mental, vômitos repetitivos, dificuldade para respirar ou dor no peito, irritabilidade, apatia ou sonolência, dores abdominais, dor ao urinar ou micção frequente em pequena quantidade.
Em crianças de até 3 meses, principalmente recém-nascidos, deve-se ficar alerta quando a temperatura ultrapassar 39,4°C (especialmente se acompanhada de calafrios) e o paciente apresentar também letargia e/ou irritabilidade excessiva, ausência de sorriso, pele muito pálida ou moteada (quando os vasos sanguíneos deixam a pele com coloração irregular), choro inconsolável, respiração gemente, entrecortada ou ofegante, e duração da febre maior que 72 horas. Nessas circunstâncias, a criança deve ser levada imediatamente para avaliação médica

– Febre alta indica, necessariamente, doença grave? 

Não é a febre que indica gravidade da doença, e sim o estado clínico do paciente. A temperatura em si não deve ser o foco de atenção e a febre tem baixíssima probabilidade de causar danos, podendo ser benéfica, pois significa a reação do sistema imunológico a uma infecção ou inflamação.

– É preciso, necessariamente, tratar a febre?

Se o paciente está se sentindo bem, não há necessidade de medicamentos para baixar a febre. As drogas antipiréticas devem ser ministradas apenas em situação de desconforto ou dor. Elas não são capazes de impedir convulsões febris.
Há um consenso de que antipiréticos devem ser reservados para febres acima de 38,2°C, mas principalmente para minimizar o desconforto. Importante destacar que a medicação não diminui a temperatura até o nível normal e não impede que picos febris se repitam por vários dias, enquanto a infecção durar.

– Quais são os erros mais comuns que se comete no combate à febre?

Crianças ou adultos com febre não devem ser despidos ou muito agasalhados. Caso sintam frio, basta uma coberta. O ambiente deve ser bem ventilado. O doente pode ficar ao ar livre, mas sem exposição direta ao sol.
Esponjar o corpo com água tépida pode reduzir temporariamente a temperatura, mas causa mais desconforto, arrepios e tremores do que qualquer benefício. Tal prática só está indicada em casos de temperatura acima de 41°C, mas isso deve ser feito sempre meia hora depois da administração de antipirético. Banhos com álcool misturado à água são sempre contraindicados.

– Quais as recomendações quanto à alimentação? 
Líquidos de qualquer natureza devem ser oferecidos com frequência e insistência gentil, de acordo com o gosto e a tolerância. A oferta de comida deve respeitar a aceitação natural. Drogas antipiréticas não melhoram o apetite.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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