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Projeto Vôlei para a Melhor Idade atrai cada vez mais adeptos ao esporte em Guarapari

Por Redação Folhaonline.es

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 09:25

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por Aline Couto

Aquela imagem de aposentados sentados em praças jogando baralho, dominó, ou em casa fazendo crochê, não entra na cabeça desses “jovens” acima de 60 anos que formam uma equipe de vôlei. A Prefeitura de Guarapari através da Secretaria de Esporte e Lazer do Município (SEL) avaliou a importância do esporte na vida dos idosos e iniciou o projeto social Vôlei para a Melhor Idade de Guarapari (MIG).

O projeto, iniciado em 2012, reúne homens e mulheres acima dos 60 anos, para jogos oficiais e 50 anos para amistosos, que treinam a prática do vôlei. O esporte é adaptado para a idade e tem suas próprias regras.  A escolha do vôlei foi um desafio, por ser um esporte de impacto, mas foi aprovado e está captando cada vez mais adeptos.

A SEL oferece o Ginásio do Polivalente, em Itapebussu e o material para os treinos gratuitos ministrados pelo professor de Educação Física Thiago Vianna Motta Rocha. As aulas acontecem duas vezes na semana, terça, 15h30 às 18h, e quinta, entre 16h às 18h.

A turma é mista, em torno de 35 alunos, que acabaram se tornando uma família que se reúne para aprender um esporte e se exercitar. De acordo com o professor, “a turma cresceu muito e agora o objetivo é dividir em masculino e feminino e aumentar os horários para que todos possam aproveitar mais os treinos”. Thiago prioriza o horário da noite, para os idosos que ainda trabalham.

volei 3 idade 2 - Projeto Vôlei para a Melhor Idade atrai cada vez mais adeptos ao esporte em Guarapari

Apesar da união em quadra, eles levam a sério as disputas entre times.

Mas quem pensa que os jogos são bem tranquilos e lentos, se engana muito, são muito competitivos e a disputa é acirrada. “Eles se respeitam muito e têm uma boa convivência, além de sempre estar motivando o outro, mas quando se fala de competição, esses atletas jogam duríssimo”, se diverte o professor.

O time foi se formando por indicação, e apesar de muitos relutarem para entrar, quando criam coragem para conhecer o MIG, não saem mais. A única exigência para entrar no time é um atestado médico com a avaliação do idoso.

A pioneira do grupo é Zilda Araujo Silva de 68 anos.  Ela assistiu a um jogo no SESC em 2012 e buscou saber o porquê ainda não havia a modalidade em Guarapari. Perguntou ao responsável e descobriu que era só juntar e fazer um grupo. “Falei com o professor de ginástica na praia e ele conseguiu o vôlei. Aí não paramos mais, é maravilhoso. Outro dia cheguei de viagem e vim direto para não perder o treino”.

Um dos que relutaram muito para entrar é o aposentado Walter Augusto de Souza, 65 anos. Ele estava com a perna contundida no dia que o folhaonline.es foi ao ginásio e mesmo assim não deixou de ir. “Entrei no projeto por indicação da Guta, uma das fundadoras. Minha resistência foi muito grande, mesmo morando ao lado eu não queria ir. Até que um dia resolvi entrar e espiar. Apaixonei-me, virou uma cachacinha. Adoro as competições, sou muito disciplinado. O vôlei mudou minha vida, as integrações com o grupo, as amizades, me deixam sempre ativo e com a cabeça funcionando”.

 

ESSA - Projeto Vôlei para a Melhor Idade atrai cada vez mais adeptos ao esporte em Guarapari

Guta, professora aposentada e uma das fundadoras da equipe junto das irmãs, Maria da Penha e Ana Branbat, nos conta que em 2012 quando o grupo foi criado, para que pudesse ter um time da 3ª idade representando Guarapari nos jogos estaduais, elas tiveram apenas dois meses de treino, mas mesmo assim resolveram participar. Ficaram em última, mas gostaram tanto que começaram a chamar mais pessoas para o time. “Em Vitória e Vila Velha as competições já estão nos calendários oficiais, queremos colocar na nossa cidade também”, comenta a alegre Guta.

Guta, 67 anos, ainda diz “que algumas pessoas entraram aqui com principio de depressão e encontraram um remédio, uma família, amigos. Além dos treinos, também nos encontramos a noite e saímos para barzinho e conversamos muito”.

A irmã de Guta, Ana Branbat, 77anos, revela que “o time começou mansinho, devagar, chegando em último, e agora está crescendo, competindo de igual para igual e sendo admirado. Nunca podemos desanimar, é uma maravilha para o físico, a mente e o social”.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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