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A menos de 200 metros flagramos 14 cães abandonados na rua
Por Glenda Machado
Publicado em 19 de março de 2015 às 17:53
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23.255. Esse é o número estimado de cães e gatos de ruas de Guarapari. E quantos animais estão hoje no Centro de Controle Zoonoses (CCZ)? Atualmente, nenhum. Isso porque a entidade está em obra e o local ficou “insalubre” para abrigar qualquer animal. Palavras da própria administração pública municipal.
No entanto, recebemos denúncias de que o local ainda abriga animais mesmo sem ter condições. A Associação dos Bichos Carentes, por exemplo, recolheu 33 animais no ano passado do CCZ. “Eles estavam doentes, morrendo isolados. Em dois meses que ficaram soltos aqui na chácara, se recuperaram e hoje estão bem”, conta a presidente Marilinda Broun.
Mas de acordo com a prefeitura, “em virtude das obras, que tem tornado o ambiente um tanto insalubre, não estamos em condições de alojar animais até que sejam concluídas”. E que o centro só recolhe os animais em casos de risco à saúde pública, doentes em estado de sofrimento, atropelados e agressivos.
A previsão de entrega da obra era fevereiro deste ano, quanto ao novo prazo… “A reforma e ampliação do centro está em plena execução. Paralelamente, já está sendo licitada a aquisição de móveis, equipamentos, instrumentos cirúrgico e medicamentos que serão usados no Programa de Controle Populacional e Bem Estar Animal”.
Esse programa visa fazer o controle reprodutivo através de castrações cirúrgicas baseado na lei municipal 3.804/2014. Para isso, o CCZ contará com sala de preparo, centro cirúrgico, sala de recuperação de anestesia, sala de limpeza e esterilização de materiais com capacidade inicial para realizar duas mil castrações por ano.
A solução no voluntariado
Enquanto o poder público não faz o seu papel, um grupo de mulheres intitulado “voluntárias do bem” realiza um trabalho voluntário com os bichos que vai além da responsabilidade cidadã. Elas acolhem animais de rua dos seus bairros, cuidam, tratam, castram e encontram novos lares para esses bichinhos. Um ato que vai além do controle populacional. Um ato de amor, um ato de solidariedade.
São elas, Adriana Guimarães, Iracema Passos, Iracema Mitri e Rosângela Farias. E afirmam: “Castrar é o menor dos problemas. O que esses animais precisam é de carinho, de amor, de atenção. É um trabalho de triagem, que deveria ser feito também pela prefeitura. Encontrar pessoas que querem adotar e têm condições para isso, porque animal de estimação dá trabalho, tem custo, é como um filho”.
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