Cálculo renal reaparece dentro de cinco anos na metade dos casos, diz urologista

Os cálculos renais são reincidentes dentro de cinco anos para 50% dos pacientes, voltando a afetar 10% deles dentro de doze meses, segundo estatísticas. É preciso, portanto, que o combate ao problema seja constante, com cuidados especiais quanto à alimentação e ingestão de líquidos.

| ingestão insuficiente de água e o consumo exagerado de sal e proteínas são fatores agravantes, lembra Dr. Vinicius.

Além do histórico familiar e da idade (adultos maiores de 40 anos são mais propensos), estão entre as causas das “pedras nos rins” a ingestão insuficiente de água e o consumo exagerado de sal e proteínas, lembra o urologista Vinicius Santos Ferreira, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e coordenador do departamento de Urologia da Samp e urologista da Santa Casa de Misericórdia de Vitória.

“As pessoas devem ingerir por dia uma quantidade de água necessária para que a urina fique mais clara possível, de aparência mais próxima da água. Quanto mais amarela, maior o sinal de que o organismo não está suficientemente hidratado”, alerta. “Não adianta falar em quantos litros devemos beber por dia, pois isso varia segundo o porte físico da pessoa, a atividade a que ela se dedica e ao ambiente onde ela está”, pondera.

Além da ingestão intensa de água, chás e sucos com baixo teor calórico e de açúcar, Ferreira recomenda aos pacientes o consumo de frutas cítricas, pois contém a substância chamada citrato, que dificulta a formação dos cálculos. “Quem já teve cálculo renal deve tomar suco de limão três vezes por semana. Mas é importante que a bebida seja natural, e não industrializada”, acrescenta.

Outro fator de risco é a obesidade. “O excesso de peso indica não apenas uma alimentação inadequada, que por si só já seria um agravante, mas também causa uma desordem no metabolismo acaba por prejudicar a função renal”, observa. Por último, o urologista lembra que o alto consumo de proteínas também é também fator de risco e, portanto, o uso indiscriminado de suplementos proteicos pode ser perigoso.

A Samp conta agora com uma clínica em Guarapari. Fica dentro do Instituto do Rim, na Praia do Morro, e tem capacidade para 2 mil consultas mensais em Urologia, Cardiologia, Clínica Médica, Endocrinologia, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Pediatria e Gastroenterologia. A marcação de consultas deve ser feita pelo telefone (27) 3061-8700.

Saiba mais sobre cálculo renal:

– São formados quando a urina apresenta altas quantidades minerais (como principalmente o cálcio), o aminoácido cistina ou ácido úrico, que formam inicialmente cristais que depois se juntarão em pedras.

– Podem surgir em qualquer idade, sendo mais comuns a partir dos 40. São mais frequentes em homens.

– Entre os sintomas, dor ao urinar, dores intensas nas regiões abdominal e lombar, presença de sangue e alteração de cheiro e cor da urina (avermelhada, amarronzada ou rosada), necessidade persistente de urinar, náuseas e vômitos, além de febre e calafrios em caso de infecções.

– O diagnóstico é feito por meio dos exames de sangue e urina e exames de imagem – raio x, ultrassom e, sobretudo, tomografia, que é a melhor forma de diagnóstico.

– Nos casos menos graves, o tratamento consiste no aumento da ingestão de água, que ajuda a eliminar as pedras, e analgésicos. É também bastante frequente o uso de medicações à base de tansulosina, que ajudam a dilatar a via urinária, facilitando a passagem dos cálculos (esses medicamentos são usualmente receitados a homens para desobstrução de próstata, mas são receitados também para mulheres em caso de cálculo renal).

– Quando as pedras são maiores, o tratamento vai desde litotripsia extracorpórea (as pedras são quebradas por ondas de choque eletrohidráulicas, para serem posteriormente expelidas), ureteroscopia (as pedras são quebradas e retiradas por meio de um tubo com câmera inserido na uretra) e até mesmo cirurgia, nos casos mais graves.