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Capitão da PM de Guarapari está entre os 15 do Brasil que vão para o Japão

Por Glenda Machado

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 19:50

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Alguns métodos japoneses já foram colocados em prática pela 3ª Cia do 10º Batalhão da Polícia Militar

capitao-lourenciniDepois de receber a visita da delegação japonesa por três vezes, chegou a vez de fazer o caminho inverso. As 28 horas de voo até o Japão já estão tirando o sono do Capitão Lourencini da 3ª Cia do 10º Batalhão da Polícia Militar de Guarapari. Isso porque ele foi um dos três indicados do estado para fazer o intercâmbio e agora recebeu a notícia de que foi o escolhido para representar o Espírito Santo.

Ao todo, 15 capitães brasileiros vão fazer o Curso de Gestor em Policiamento Comunitário – Método Koban. Eles embarcam no dia 22 de outubro e voltam no dia 7 de novembro. São 15 dias de intercâmbio que faz parte da Cooperação Técnica entre Brasil e Japão por meio do Ministério da Justiça. A expectativa de aprendizado é muito grande. Afinal, apenas com as visitas ele já implantou diversos métodos do policiamento japonês em Guarapari.

Folha da Cidade – O que esse curso pode acrescentar à segurança pública de Guarapari?

Capitão Lourencini – Tudo o que eu ouvi até agora sobre o sistema de policiamento comunitário japonês, agora vou ter a oportunidade de vivenciar de perto. A Comitiva Nacional do Japão veio três vezes aqui e já implantamos algumas ideias em nossa Cia. Por exemplo, as visitas a residências para aproximar a polícia da comunidade e criar um elo de confiança além de acabar com esse estigma criado em cima da corporação.

FC – Qual a reação das pessoas quando se deparam com dois policiais batendo à porta?

Nós dividimos as guarnições por bairros, então serão sempre os mesmos policiais naquela região para facilitar essa aproximação. No início, eles ficam ressabiados, se assustam, ficam com medo, surpresos. Mas eu sempre falo que a cada visita será um novo aprendizado. A 3ª Cia já fez 530 visitas na região Norte. Tem sido uma experiência que já rendeu resultado e tem tudo para ser implantada em toda a cidade.

FC – Na prática, qual o resultado desta visita?

Os policiais perguntam sobre a segurança na rua do cidadão, se tem algum problema, ou alguma desordem pública no local. As informações vão para o relatório diário. Se for de competência da PM, a administração da Cia já se responsabiliza para resolver. Caso seja de competência de outros órgãos, como prefeitura, a gente encaminha a demanda e acompanha para ver o que está sendo feito para resolver o problema.

FC – Já adotaram outro método de policiamento japonês aqui?

Sim. No Japão, eles têm o koban, que é o posto policial das médias e grandes cidades. Ao todo, são 6.500 kobans espalhados pelo Japão. Lá os policiais ficam a frente do posto policial preparado para receber e atender o cidadão. Então, aqui nós fizemos isso também. Na 3ª Cia, um policial fica nas proximidades do nosso posto, interagindo com o comércio local, sendo uma referência na comunidade.

capitao-lourenciniFC – O Ciac poderia vir a funcionar como um koban?

As Cias já seriam como kobans. Mas o Ciac é o que mais se aproxima, por ser 24h. A 3ª Cia, por exemplo, funciona de domingo a domingo, mas das 8h às 18h. A segurança pública vai melhorando. Há quatro anos não tínhamos Cias fora do Batalhão. Hoje, temos três: o Ciac, a Cia da Região Norte e a Cia do Centro. O objetivo é aprender e tentar adaptar o que for possível à nossa realidade.

FC – Dentre as coisas que pretende aprender, o que não pode faltar na sua lista?

É muita coisa, quero aprender ao máximo. Como funciona a escala de serviços, o patrulhamento a pé, com que idade os policiais se aposentam lá, como fazer o serviço de policiamento sem arma… Também acho importante aprender o rigor e a seriedade com o serviço. Por exemplo, falaram que cada capitão terá 15 minutos para apresentar o sistema de segurança do seu estado. E já deixaram claro, que são 15 minutos e não 16. (Risos)

FC – Como será com a questão do idioma?

Teremos interprete e todo o curso será traduzido para o português.

FC – E nas visitas, o que eles aprenderam com o policiamento de Guarapari?

O objetivo da visita deles era conhecer o policiamento comunitário e as nossas ferramentas de interação social. A Comitiva elogiou muito o trabalho da Rede de Promoção de Ambientes Seguros (Repas), o Conselho Municipal de Segurança Pública (Consep), o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM). Fizeram um relatório que deve aproveitar lá também, o intercâmbio é essa troca de experiências que deram certo.

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