Coluna Dom Antônio: Inacreditável! Acúmulo de fios nos postes de Guarapari é um risco para todos nós

Basta dar uma paradinha numa esquina das ruas principais e olhar para cima, a quantidade de fios sobrecarregando as redes, que eram elétricas.

No início, os postes eram só para a rede elétrica e iluminação pública, em poucos fios que se dividiam em alta e baixa tensão, praticamente.

Com a Internet e a TV a cabo, estes números crescentes de novos usuários, não só saíram de controle, como passaram a pôr o cidadão em risco.

Agravante é que boa parte da fiação é obsoleta ou não está mais em uso, mas ainda permanece nos postes, fazendo peso na rede. 

Somente em casos de acidentes, nos damos conta de quantos não são mais colocados, por estarem inativos, alguns com caixas antigas.

Quem gosta de pensar e refletir sobre estes problemas da comunidade, já deve ter pensado de quando devem ser estas regras e técnicas.

Elas deveriam normatizar e disciplinar, através das agências nacionais dos setores elétricos e telecomunicações: ANEL e ANATEL.

Uma luz no fim do túnel ou um zumbido na linha, surgiu agora por um programa do Governo Federal, para normatizar e disciplinar.

Fala-se em ter as normas até o fim do ano e sua imediata aplicação no próximo, tudo possível e necessário para justificar medidas.

Se a chiadeira com mudanças e prazos for grande, podemos imaginar o quanto as regras e normas foram omitidas ou desobedecidas.

Tudo isso sem falar do quanto e quem irá pagar a proprietária dos postes, que no passado eram de companhias estatais e hoje não mais.

Chegasse a pensar que boa parte destes emaranhados de fios existentes, são desconhecidos e não pagos aos de direito.

Pena que mudanças paliativas, pouco se pensa em soluções definitivas, como o cabeamento subterrâneo e sua segurança.

Não sei percentuais, mas muitas mortes por fios de alta tensão, acontecem, inclusive até com operadores do sistema terceirizado.

Já que os sinais de TV e Telefonia são de bem menos risco, por que não adotar estas para um lado da rua e o outro para a elétrica?

Será que tem como passar parte destas informáticas para as nuvens?

Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e MBA pela FGV, mestrado em Portugal e doutorado na Espanha. Autor de 47 livros e mais de 250 colunas sobre Guarapari.