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Coluna Palavra de Fé: Avivamento
Publicado em 13 de outubro de 2024 às 09:00
Atualizado em 13 de outubro de 2024 às 09:00
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Uma das palavras mais ouvidas nos últimos anos dentro do ambiente cristão. Ao mesmo tempo, uma das expressões menos compreendidas à luz das Escrituras Sagradas. Trata-se do “avivamento”. Quando a teoria e a prática se abraçam, surge uma sentença inquestionável: não há avivamento sem a Palavra de Deus.
Ele não é fruto do trabalho dos respeitáveis teólogos, tampouco é monopólio de uma corrente de pensamento. Ele só pode ser produzido pelo próprio Deus. Quando se discorre acerca do sobrenatural, não se pode olvidar que o Eterno é a fonte, Dele vem toda boa dádiva e todo dom perfeito (Tiago 1:17).
O tema não é novo. Em 1959, Leonardo Ravenhill, notório evangelista britânico, impactava o mundo com a obra “Por que tarda o pleno avivamento?”, prefaciado por ninguém menos que A.W. Tozer. Com tom exortativo, sustentou que a estatura de um crente é determinada pelas suas orações.
Em célebre sermão, o Pr. Oliveira de Araújo, também em saudosa memória, certa vez disse: “falamos de avivamento, oramos por avivamento, estudamos sobre avivamento, mas cremos que Deus pode mandar um avivamento?” Não há dúvidas de que o tema é de natureza prática e não exclusivamente teórica.
Albert Midiane, batista inglês e memorável professor da Escola Bíblica Dominical, compôs o hino 171 do Cantor Cristão: “Aviva-nos, Senhor! Eis nossa petição. Ateia o fogo do alto céu em cada coração!” Palavras como santidade, fé e amor fazem parte da bela poesia, assim como zelo, graça e abnegação.
Com sua inteligência piedosa, Luiz Sayão escreve para o boletim digital Prazer da Palavra, o que considera as marcas de um verdadeiro avivamento. Destaca-se, segundo o piedoso teólogo, oração, louvor, gratidão, arrependimento, comunhão com os outros, obediência e disposição para auto sacrifício.
Necessário afirmar que não basta conceituar o que é avivamento. É igualmente importante elucidar o que ele não é. Aviamento não é o alarido das massas, não se mede em decibéis. Não é fervor fabricado, precisa ser genuíno. Não pode ser marcado pela agenda humana, é prerrogativa divina. Não tem data e hora.
Algumas considerações importantes para a busca do pleno avivamento.
1. Não seja um expectador da ação de Jesus, seja participante.
João encerra sua exposição do Evangelho afirmando que se todos os feitos de Jesus fossem relatados, não caberiam no mundo inteiro os livros que seriam escritos (Jo. 21.25). Sob o ponto de vista literário, ele utilizou o que é conhecido como hipérbole. Isto é, uma ênfase expressiva que amplifica um significado. O brilhantismo do autor é mais do que figura de linguagem, trata-se do reconhecimento de que a totalidade da glória de Jesus não cabe em um registro.
Quando observamos os relatos bíblicos acerca dos milagres de Jesus, encontramos três grupos de pessoas. O primeiro, formado pelos que observam os milagres. Estão ali no meio da multidão, esse é o grupo dos expectadores. O segundo grupo, das que criticavam os milagres. Estão à espreita, observando cada detalhe, questionando. Esse é o grupo dos opositores. O terceiro grupo, formado por aqueles que vivem os milagres. Aquelas pessoas que não apenas ouviram falar de alguém capaz de curar, mas foram as receptoras do milagre. Este é o grupo dos adoradores.
Historicamente as pessoas têm assumido as mais diversas posturas diante de Deus. Seja qual for o grupo ou mesmo a situação, Jesus não pode ser resumido a um currículo de milagres. Ele fez muito mais do que se pode registrar e, acredite, continua fazendo.
2. Tenha compromisso genuíno com a Palavra de Deus.
A Bíblia Sagrada é nossa única regra de fé e prática. Essa assertiva histórica permanece com sua validade inalterada. As Escrituras Sagradas são inspiradas por Deus. Imutável é a lição de Paulo, apóstolo, à Timóteo, seu filho na fé, quando diz que toda Escritura é divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça (2 Timóteo 3:16).
Nesse sentido, todo cristão está vinculado à essa Palavra. Não por imposição, mas por convicção. Cremos pela fé e recebemos a fé por ouvir a Palavra de Deus. (Romanos 10:17). Não é possível, portanto, ao cristão levar em consideração, tampouco praticar, qualquer ensino contrário à Bíblia, que é a Palavra de Deus. Sem esse compromisso, não há avivamento.
3. Invista tempo de oração
A oração não é nosso último recurso, é o primeiro. Não é o que fazemos depois de esgotadas as alternativas de ação, pelo contrário: é a principal fonte de ação. Orar é agir no sobrenatural. O povo de Deus precisa ser convocado para essa disciplina espiritual. A experiência da fé está intimamente ligada a prática da oração.
Não haverá avivamento, sem oração. Disse o salmista: “Ó tu que ouves a oração, a ti virão todos os homens.” (Salmo 65:2). Esse tema não pode ser departamentalizado na igreja. Não! A oração precisa permear tudo e todos. Em todo tempo.
Que essa reflexão nos ajude a buscar um avivamento. Que sejamos – de fato – vivificados, que voltemos ao primeiro amor. Precisamos investir nossa vida e nosso tempo para pregar arrependimento aos pecadores e o Espírito nos dará grande colheita. Não é possível agendar um avivamento no nosso calendário, mas é perfeitamente viável buscarmos o sobrenatural que virá pela bondade de Deus.
As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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