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Dia do Bolinho de Aipim pode movimentar o calendário turístico da cidade
Por Glenda Machado
Publicado em 13 de março de 2015 às 17:22
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Alfredo Chaves tem a Festa da Banana e do Leite. Domingos Martins faz o Festival do Morango. Anchieta promove os Frutos do Mar. E Guarapari quer divulgar o típico salgado de Meaípe
Um projeto de lei nos chamou a atenção na pauta da sessão de ontem da Câmara Municipal de Guarapari: O Dia do Bolinho de Aipim. Em um primeiro momento, vira até motivo de piadas e brincadeiras. Mas se analisarmos bem é uma ideia válida e que pode fomentar o turismo, valorizar a cultura local e até movimentar a economia da cidade.
“A princípio, eu queria instituir o Dia da Moqueca e dos Frutos do Mar. Mas nossa cidade vizinha já tem um projeto semelhante. Anchieta faz o Festival dos Frutos do Mar. Então, pensei em valorizar a tradição local. Quem nunca saiu de casa para comer um bolinho de aipim aqui de Meaípe?”, explica o autor do projeto, vereador Dito Xareu.
O projeto pretende instituir o dia 12 de outubro como o Dia do Bolinho de Aipim. Neste dia seria realizado um festival com pratos típicos da região, com as tradicionais rendeiras, com as famosas cocadas e tendo como anfitrião da festa o bolinho de aipim. “Alfredo Chaves tem a Festa da Banana e do Leite. Domingos Martins tem o Festival do Morango. Por que a gente também não pode valorizar um produto da nossa terra?”, indaga o vereador.
A Assessoria Legislativa da Casa de Leis informou que foi baixada as comissões na sessão de ontem. A Comissão de Redação e Justiça tem o prazo de seis dias a partir de hoje para elaborar o parecer. Se aprovar a ideia, são necessárias mais três sessões ordinárias para votar o projeto: 1ª discussão, 2ª discussão e a votação. Caso entre em uma agenda de extraordinária, o projeto é votado em uma sessão.
Rota do Bolinho de Aipim
Meaípe é um paraíso. Não só pela bela paisagem e pela gostosa moqueca da região, mas também pela rota do bolinho de aipim. São diversas barracas espalhadas pela orla. A receita é a mesma: a mandioca descascada é amassada, depois sovam até formar uma massa homogênea, em seguida dão o formato do bolinho com muito recheio por dentro e mandam direto para a frigideira. E cada baraquinha capricha no seu tempero e molhos variados.
Por isso, cada um tem um resultado diferente. Só experimentando para saber qual você prefere. Mas terá que ser em dias diferentes, porque o bolinho – diminutivo apenas no nome – é uma verdadeira refeição. “São várias barracas, tem o bolinho da Zezé, da Tia Bel, da Zilma, da Tia Júlia. Além das que fazem para encomenda como a Preta e a Ilda. É uma verdadeira tradição que precisa entrar no calendário do município”, destaca Dito.
Reportagem: Lívia Rangel
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