Aprendi com o meu pai, uma das lições que vou levar para o resto da vida. Eu estava vivendo a ansiedade e a angústia, características da fase do vestibular. Meu pai estava viajando, mas mesmo assim se preocupou em me ligar para me desejar uma boa prova. No final da ligação ele disse: “Divirta-se fiha”. No momento em que ouvi pareceu até irônico, devido à situação. “Como eu poderia me divertir?”, perguntei. Meu pai continuou: “É apenas uma prova, sua vida é mais do que isso”. Fiz a prova e me diverti, como o aconselhado. Hoje, alguns anos após o ocorrido, ainda coloco em prática o conselho do meu pai. Entendi que o sentimento de alegria e a sensação de paz devem permanecer - mesmo que as circunstâncias ditem o contrário. Meu pai não me aconselhou a me divertir a partir do nada. Percebo que só quem pratica possui autoridade para falar. Papai viveu, e ainda vive, uma vida com uma visão bem otimista. Aconselhar-me foi apenas consequência. Espero me divertir muito com a vida. Obrigada, pai, por compartilhar comigo sua sabedoria. Obrigada pelos momentos nos quais nos divertimos juntos. Doronézio, nós te amamos pai! Suas filhas Andressa, Rebeca e Adassa e sua esposa Ivanielze.