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Fazenda marinha já é uma realidade em Guarapari
Por Carolina Brasil
Publicado em 17 de junho de 2018 às 09:00
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De acordo com a Associação dos Maricultores de Guarapari, o projeto está em pleno vapor com previsão de ‘colheita’ para o próximo verão.
A maricultura é o cultivo de plantas e/ou animais marinhos – peixes, ostras, mexilhões e algas, por exemplo –, feita de forma concentrada, em ambiente controlado e de forma sustentável. Por aqui, um projeto está sendo desenvolvido desde 2001 com a criação da associação, uma parceria da Prefeitura de Guarapari e o Sebrae-ES. O cultivo é uma alternativa contra o declínio da cadeia produtiva da pesca, além de gerar emprego e renda para toda família. “Temos demandas dentro da estrutura que capacita homens, mulheres e filhos”, explicou Vitor Belini, presidente da Associação de Maricultores de Guarapari.
Vale destacar que esse tipo de cultivo é feito em um espaço subutilizado, considerando a imensidão do mar. Além disso, resulta em um produto orgânico e de qualidade. “O sururu hoje é de feito de forma extrativista, não se sabe a qualidade da água naquele ponto, acaba apresentando resquícios de casca e areia. Nossos pontos de produção terão registros atestando a qualidade da água, o que garante, também, a qualidade do produto”, ressaltou Belini destacando que a associação está em processo para aquisição do selo S.I.M., do Serviço de Inspeção Municipal, que garantirá a comercialização dos produtos.
Hoje, 20 famílias estão encampadas dentro do projeto inicial de dois anos, apoiado pela Petrobras/Fucan – resultado de uma condicionante para exploração de petróleo na costa capixaba -, e realizado na Praia da Cerca. Para Vitor eles serão multiplicadores. “Nós vamos capacitar essas famílias para que elas sejam formadoras de opinião. Após esse período, o objetivo é estender isso para todo o município e agregar mais pessoas”, acrescentou.
Na prática, a associação já está cultivando sururu e ostras, e pretende incluir as vieiras no processo produtivo em breve. Enquanto isso, o foco do momento é o cultivo do bijupirá, considerado o ‘salmão brasileiro’. “Hoje, estão sendo montados tanques redes para aquisição do bijupirá, que será o nosso cartão de visitas, ‘a menina dos olhos’ da associação”, destacou o presidente. Como acontece na agricultura tradicional, a expectativa é para a ‘colheita’, que deve acontecer em oito meses. “Nosso solo é o mar. Estamos ‘plantando’ para ‘colher’ no verão, assim a gente espera”, finalizou.
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