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Funcionários do rotativo podem ser demitidos mais uma vez
Por Livia Rangel
Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 13:47
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Entre tantas idas e vindas do sistema de estacionamento rotativo em Guarapari, o destino de pelo menos 60 trabalhadores está em jogo. Devido à nova paralisação dos serviços por decisão judicial, os agentes de cobrança da VGN podem ter seus contratos reincididos mais uma vez. E isso deve acontecer até sexta-feira (15), se a empresa concessionária e Prefeitura não conseguirem reverter a liminar expedida na última sexta (08) pelo juiz Marcelo Mattar Coutinho, da Vara Municipal dos Feitos Públicos (reveja aqui).
Devido à situação de instabilidade, após uma reunião na manhã desta segunda (08) com a direção da VGN, os agentes resolveram ir às ruas do Centro reivindicar a manutenção dos seus empregos. E prometem fazer outro protesto, ainda maior, se forem demitidos.
“A manifestação é contra a decisão desse juiz que levantou uma liminar para suspender o rotativo. São mais de 70 famílias que ficarão sem sustento. Nós vamos entrar com um pedido de processo contra a Associação de Comerciantes que também está nos acusando de roubar dinheiro. Nós não vamos aceitar a demissão e ficar de braços cruzados. A empresa nos disse que não tem como garantir nossa vaga, então vamos ficar uma semana sem trabalhar e sem receber esperando a decisão. Caso contrário todos serão dispensados”, disse o supervisor, Moabe de Brito.
Quando o rotativo estava para ser iniciado em maio do ano passado e houve a primeira liminar suspendendo a cobrança, eles ficaram três meses parados, porém recebendo salários, enquanto a empresa aguardava uma definição. Como demorou a acontecer, todos foram dispensados. Até que no final do ano, uma nova lei de autoria do Executivo sobre o rotativo possibilitou o processo de recontratação.
“Aqueles três meses que os funcionários receberam remuneração em casa, sem a possibilidade de cobrarmos o rotativo foi muito onerosa para a empresa. Não temos condições de fazer isso novamente. Por isso, fizemos uma reunião com todos eles e mostramos a situação. Ainda não recebemos a notificação da justiça, mas por orientação do nosso setor jurídico, decidimos não efetuar a cobrança nesta segunda até mesmo pela divulgação na imprensa. A gente sabe que é complicado para esses trabalhadores, que a situação econômica da cidade não está fácil, mas não há nada mais que podemos fazer”, disse por telefone ao Folha da Cidade a assessora de imprensa da VGN, Érika de Carvalho.
Segundo a assessora, mais detalhes sobre as ações a serem tomadas pela VGN daqui para frente, só depois que a notificação for recebida e analisada pelo jurídico.
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