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Intoxicação e morte por metanol; Procon-ES faz alerta sobre bebidas adulteradas
Substância é altamente tóxica; e, de acordo com o órgão, estado não tem indícios de contaminação até o momento
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 14:11
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Após os recentes casos de intoxicação e morte provocados por bebidas alcoólicas adulteradas no país, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) publicou a Nota Técnica nº 003/2025, com orientações a consumidores e fornecedores.
As investigações dão conta de que pessoas tiveram sintomas graves e até morreram (um caso de morte já foi confirmado e outros seguem sob investigação) após ingerir produtos que continham metanol, substância química utilizada como solvente e na fabricação de combustíveis e tintas, altamente tóxica e imprópria para consumo humano . A ingestão pode causar dor de cabeça intensa, náusea, visão turva, tontura e, em casos graves, levar à cegueira ou à morte. Diante disso, o Procon-ES orienta que os consumidores fiquem atentos a sinais que podem indicar falsificação:
- Lacres quebrados, tampas violadas ou rótulos de má qualidade;
- Informações borradas ou com erros ortográficos;
- Ausência do selo fiscal/papel-moeda;
- Preços muito abaixo do mercado;
- Alterações de cor, cheiro ou sabor no consumo;
- Falta do registro do Mapa no rótulo.
Além disso, o órgão recomenda que embalagens de bebidas e garrafas vazias sejam inutilizadas para evitar que falsificadores a reaproveitem. Uísque, gim, vodca e cachaça estão entre as bebidas mais falsificadas.
Recomendações aos comerciantes
- Comprar apenas de fornecedores legalizados, sempre com nota fiscal;
- Manter cadastro atualizado de fornecedores para garantir rastreabilidade;
- Conferir rótulos, lacres e procedência dos lotes;
- Guardar comprovantes, recibos e imagens de CFTV para eventual colaboração com as autoridades.
O que fazer em caso de suspeita
- Consumidores: não consumir a bebida e denunciar ao Procon-ES, à Vigilância Sanitária ou à Polícia Civil.
- Comerciantes: suspender imediatamente a venda do lote suspeito e comunicar as autoridades.
- Sintomas de intoxicação: procurar atendimento médico imediato.
Mercado clandestino em expansão
De acordo com a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), 36% das bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil são falsificadas. Além do risco à saúde, o mercado paralelo provoca perdas fiscais bilionárias e está ligado ao crime organizado. Apenas em 2022, o setor movimentou R$ 56,9 bilhões, superando o faturamento da Ambev, que foi de R$ 42,6 bilhões, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Para combater a falsificação, a indústria investe em tecnologias de rastreabilidade, que permitem verificar a autenticidade de cada garrafa. A legislação também exige informações obrigatórias nos rótulos, como origem, lote, data de produção e fornecedor, que devem estar disponíveis por meio de etiquetas, códigos de barras ou QR codes.
ES não tem registro de intoxicação por metanol
Durante encontro entre a equipe do Procon-ES e o presidente da Associação de Bares e Restaurantes do Espírito Santo (Abrasel-ES), Rodrigo Vervloet, foi constatado que não há, até o momento, indícios de contaminação por metanol no Estado. Não há registros de reclamações ou denúncias relacionadas à presença de metanol em bebidas alcoólicas nos canais oficiais do órgão, tampouco ocorrências envolvendo bares e restaurantes capixabas.

O Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares) e a Abrasel-ES reforçaram que os estabelecimentos associados já adotam rotineiramente práticas rigorosas de controle, aquisição e armazenamento de bebidas, assegurando a segurança e a qualidade dos produtos ofertados aos consumidores. As entidades informaram que estão reforçando essa diligência como medida preventiva, embora ela já faça parte das práticas permanentes do setor. Durante a reunião, o Procon-ES entregou à Associação Notas Técnicas e materiais informativos, com orientações sobre a rastreabilidade das bebidas, a responsabilidade dos fornecedores e os canais oficiais para denúncias.
Denúncias e dúvidas podem ser registradas pela Denúncia Eletrônica no site www.procon.es.gov.br ou pelo WhatsApp (27) 3134-8499.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.
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