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Onde descartar o lixo eletrônico?
Por Glenda Machado
Publicado em 17 de março de 2015 às 22:05
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Desfazer-se do velho computador, daquela antiga televisão, de um monte de “quinquilharias” eletrônicas jogadas pelo canto da sala nem sempre é uma tarefa fácil. A maioria das pessoas não sabe o que fazer com esses materiais, quando deixam de ter utilidade. Em Guarapari, você sabe onde descartar o seu lixo eletrônico?
O chamado lixo eletrônico é formado por aparelhos eletrônicos ou apenas partes deles, como computadores, celulares, impressoras entre tantos outros. São produtos que devem ir direto para a reciclagem, porque são altamente poluentes pois contém chumbo, selênio e arsênio. E diante do rápido avanço tecnológico, a vida útil deles passa a ser menor a cada ano.
São equipamentos considerados até de longa duração, no entanto com prazo de uso decretado: até sair um novo modelo. Para se ter uma ideia, são fabricados 10 milhões de computadores e 80 milhões de celulares por ano no Brasil. Deste total, apenas 2% são descartados corretamente segundo a ONG Lixo Eletrônico.
A Prefeitura de Guarapari informou que não possui legislação própria sobre o assunto e que se baseia na lei federal 12.305/2010. De acordo com sua redação, o correto é entrar em contato com o fabricante que deve orientar o destino adequado do material. Mas na prática, a situação é um tanto diferente e bastante difícil.
Isso porque a lei federal que estabelece os fabricantes como os responsáveis pela coleta e destinação correta dos produtos ainda não foi aprovada e enquanto não sair do papel, o problema passa a ser de cada cidadão. Um problema quase diário para o proprietário de uma empresa de informática, Gelbes de Souza Rocha.
“É complicado, porque a gente liga para os órgãos e nem eles sabem o que devemos fazer. Já tentei com a associação de catadores de materiais recicláveis da cidade, mas apenas me informou que não está autorizada a recolher esse tipo de material. Penso que enquanto não sai a lei federal, poderíamos então fazer uma lei municipal”, afirma Gelbes.
Hoje, ele tem cerca de 50 aparelhos entulhados em um depósito de sua empresa. “Eu não tenho coragem de simplesmente jogar fora. Tenho consciência social, ambiental e cidadã. Acabo dando para esses catadores de materiais recicláveis. Aliás, esses carroceiros fazem muito mais pelo meio ambiente que muitos órgãos que se dizem responsáveis”, destaca.
Locais indicados. A Companhia de Melhoramentos e Desenvolvimento Urbano de Guarapari (Codeg) informou que quando o morador tem um aparelho eletrônico para descartar, pode entrar em contato com o órgão. “A gente busca na casa do cidadão e dá a destinação correta. Mas que em caso de empresas, já não é nossa responsabilidade”, disse o diretor de Limpeza Urbana da Codeg, Joaquim Capistrano Marques.
De acordo com ele, os profissionais dessa área têm que levar à Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha (CTRVV) – onde fica a unidade de transbordo de Guarapari. Mas alerta que será cobrado um valor por quilo. Já a prefeitura ainda ressaltou que está “analisando propostas de empresas que têm essa função, buscando solução que atenda a demanda, mas que promova o desenvolvimento da cooperativa de catadores e que não seja oneroso ao município nem à população”.
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