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Por um dia, Anchieta será a capital do ES
Por Carolina Brasil
Publicado em 9 de junho de 2018 às 09:00
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A mudança, simbólica, acontece neste sábado (09) e faz parte da programação da Festa Nacional de São José de Anchieta.
Neste sábado (09), a capital do Espírito Santo será Anchieta. Vitória deixa o posto no dia em que se comemora o Dia Nacional de São José de Anchieta. A transferência simbólica de título será feita durante a vista do vice-governador César Conalgo em solenidade marcada para às 13h no Centro Cultural Thiago Bezerra Leite, no centro da cidade.
Apresentações culturais, desenvolvidas pela própria municipalidade, estão previstas – sax, violino, MPB e piano. A cantora mirim Bia Seixas se apresenta com o grupo de balé local. Além disso, será possível visitar as exposições em cartaz no local.
Seguindo a programação do dia, haverá um Missa Solene em honra a São José de Anchieta, às 16 horas, no Adro do Santuário. As homenagens fazem parte da Festa Nacional de São José de Anchieta, que começou no último dia 26 e segue até domingo (10).
Quem foi São José de Anchieta?*
São José de Anchieta nasceu em San Cristoban de Laguna, nas Ilhas Canarias, localidade pertencente a Portugal. Em 1553, foi encaminhado a missões em terras brasileiras e nomeado como segundo Governador Geral do Brasil.
Por ser Padre e ter um cargo alto na instituição, São José de Anchieta percorria diversos lugares na época, foi responsável pela criação da cidade de São Paulo e do município de Anchieta. Originalmente, “Os Passos de Anchieta” partia da cidade de São Paulo, antiga São Paulo do Piratininga, com fim da cidade de Olinda, em Pernambuco.
Completados 24 anos em terras brasileiras, ele é designado provincial, o mais alto cargo da Companhia de Jesus no Brasil. José de Anchieta tinha a função de administrar os colégios jesuítas e viajava para diversas cidades que já existiam naquela época e, depois de liberado de suas funções evangelizadoras, escolheu viver seus últimos anos de vida na Vila de Rerigtiba, atual Anchieta.
O Jesuíta era o responsável pelo Colégio São Tiago, na Vila de Nossa Senhora de Vitória, e por esse motivo fazia quinzenalmente o trajeto de Vitória até Anchieta. O Colégio administrado pelo Padre foi transformado em Palácio Anchieta e hoje é sede do Governo do Estado.
José de Anchieta morreu no ano de 1597 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II e posteriormente canonizado pelo Papa Francisco em 2014. Atribuem-se ao Santo feitos prodigiosos neste caminho, como abrir poços batendo com uma vara no solo, conversar com onças ou convocar as gaivotas para sombrear o sol abrasador nas andanças que fazia, vergado por uma tuberculose óssea que lhe deixava corcunda ainda na mocidade.
Primeiro mestre do Brasil, o beato foi também o precursor das artes cênicas brasileiras, doutrinando os nativos por meio dos autos teatrais, professor, autor de uma gramática tupi que visava facilitar o entendimento da língua dos índios e a transmissão da doutrina católica, e cientista que se aplicava em estudos da fisiologia dos animais.
Era conhecido como pai dos nativos, pois São José de Anchieta os considerava desassistidos, por viverem alheios ao cristianismo. Em suas vindas de Rerigtiba, que os historiadores relatam se realizarem em inacreditáveis dois dias, costumava pernoitar nas Vilas de Guarapari, Ponta da Fruta ou Vila Velha, na ermida da Penha (hoje Convento da Penha). Os registros históricos o relatam como um andarilho lépido que caminhava a frente dos robustos guerreiros que o acompanhavam. Por conta disso, recebeu o nome indígena de Abara-Bebe ou Carai-Bebe (santo voador ou homem-voador), devido à rapidez com que caminhava.
*Fonte: Secretaria de Estado do Turismo (Setur)
- Com informações da Prefeitura de Anchieta
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