Presepada

Segundo dicionário Michaelis,

Presepada – Reg (Nordeste) 1 Espetáculo fantástico e ridículo. 2 Palhaçada. 3 Fanfarronada. 4 Barafunda, barulho, conflito.

Megalomaníaco – Pessoa que tem mania de grandeza, de poder e de superioridade tem obsessão de realizar atos grandiosos. Aquela(e) que se acha o maior ou melhor.

Mais uma presepada. O Rodoshopping inaugurou há 3 meses e,segundo seus proprietários, já cogita fechar as portas com a justificativa que não realiza faturamento para sustentar o empreendimento que é uma parceria público-privada.

Um dos proprietários, Luiz Nicchio, atribui a dificuldade ao não cumprimento de uma cláusula no contrato assinado com a prefeitura, em 2011, na administração anterior, para concessão deste serviço público, que proíbe empresas que operam linhas intermunicipais como – Sudeste, Planeta e Alvorada (ex: a linha Ipiranga x Dom Bosco/Vitória) de parar nos pontos da cidade. Os passageiros teriam que embarcar exclusivamente na rodoviária e também pagar a taxa de embarque. O Rodoshopping acionou o Ministério Público para cumprimento dessa cláusula.

Ocorre que – da forma como foi criado o projeto – uma obra fora da realidade, é necessária essa receita para viabilidade econômica do negócio. A gerente do Rodoshopping, Vanessa Pianca,diz que essas empresas embarcam cerca de 5 mil pessoas, todo dia, e essa arrecadação da taxa de embarque tem que ir para o caixa da empresa. Está no contrato.

O prefeito, Orly Gomes, por intermédio do secretário de Desenvolvimento Danilo Bastos, disse que somente vai cumprir a cláusula do contrato com ordem judicial. Existe um abaixo-assinado com mais de 6 mil assinaturas contra essa cláusula e não é justo prejudicar a população.

Edson Magalhães conseguiu emplacar essa ideia megalomaníaca para empresários que participaram da licitação e no mínimo foram ingênuos. O ex-prefeito, em nota, diz que foi feito estudo viário para definir política tarifária, direitos e obrigações do usuário e responsabilidade da prefeitura e da empresa entre outras resoluções para o pleno funcionamento do empreendimento. Mas isso tá longe de ocorrer.

Não me recordo de audiência pública para esclarecer situações como esta. Será que essa cláusula, se discutida com a população, como seria a reação? Sempre vislumbrei esse empreendimento como um elefante branco, fora da realidade de Guarapari. Agora, segundo contrato assinado por Edson Magalhães, a população vai pagar o pato ou melhor, o Rodoshopping.