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Samp incentiva parto normal: médico fala das vantagens do procedimento

Por Glenda Machado

Publicado em 2 de junho de 2017 às 14:44

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A Samp ingressou no projeto Parto Adequado, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em parceria com o hospital Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI). O objetivo é incentivar a prática do parto normal, que é mais seguro para mães e bebês. Entre as novidades dentro do projeto, a operadora está expandindo seu atendimento obstétrico.

Quem comanda o ingresso da Samp na iniciativa é o ginecologista e obstetra Luiz Alberto Sobral Vieira Jr., que na entrevista a seguir fala das verdades e mitos sobre o procedimento em relação à cesariana.

A Samp conta agora com uma clínica em Guarapari. Fica dentro do Instituto do Rim, na Praia do Morro, e tem capacidade para duas mil consultas mensais. Além do atendimento em Ginecologia e Obstetrícia, oferece consultas também em Cardiologia, Clínica Médica, Endocrinologia, Ortopedia, Pediatria, Gastroenterologia e Urologia. Confira o bate-papo:

– A cesariana seria o procedimento mais seguro para mães e bebês? Não é verdade. A cesariana apenas é indicada quando a mãe não tem condições de passar por um parto normal – como gestantes hipertensas e portadoras de doenças cardíacas, entre outras situações. Ainda que com os avanços da medicina os riscos tenham se tornados menores ao longo dos anos, a cesariana coloca as gestantes expostas a riscos de infecções, trombose dos membros inferiores, hemorragias e reação aos anestésicos. Isso praticamente não existe no parto normal.

Quanto ao bebê, a cesárea pode trazer maior probabilidade de problemas respiratórios se realizada antes da trigésima nona semana de gestação – por isso é indicado que, mesmo nos nascimentos por cesariana, a mãe entre entes em trabalho de parto, para evitar que a criança nasça antes do tempo recomendável.

– Bebês grandes devem sempre nascer de cesárea? Não necessariamente, apenas se houver uma desproporção entre o tamanho do feto com o da bacia da mãe.

-Em caso de gêmeos, a cesárea seria mais indicada? Mito. Caso não haja impedimento para o parto natural, o procedimento pode ser realizado.

– Bebê com cordão umbilical enrolado no pescoço deve nascer de cesariana? Nem sempre. O parto normal apenas será contraindicado se o cordão umbilical for muito curto, o que é bastante raro. Além disso, o feto “respira” através da circulação da placenta, e não dos pulmões. Na maioria das vezes não há impedimento para o parto normal: a circular de cordão é uma condição momentânea, que pode se fazer ou desfazer até a hora do nascimento. É possível desenrolar o cordão no momento do nascimento, mesmo no parto normal. Cabe ao médico avaliar cada caso.

– Bebês “sentados” no útero materno apenas podem nascer por cesariana? Nem sempre. Durante a gestação, o médico pode tentar colocar o bebê de ponta-cabeça, por meio de uma manobra conhecida como versão cefálica externa.

– Parto normal é mais doloroso do que cesárea? Em parte, isso é um mito. Há dor nos dois procedimentos, mas em momentos e por períodos diferentes. A recuperação de uma cesariana é bem mais dolorosa – afinal, é uma cirurgia grande, que atinge diversos níveis de tecido. Os fios da sutura podem levar até sete meses para total absorção, levando a mulher a sentir fisgadas e formigamento na região.

– Parto normal permite recuperação mais rápida? Verdade! Outra vantagem é que quem passa por parto normal tem alta hospitalar mais rápida. Vale lembrar que a cesárea é uma cirurgia de grande porte e exige cuidados como repouso pós-cirurgia, cuidados com os pontos e contra infecções.

– Mulher que já passou por cesárea não pode ter parto normal? Em parte é verdade. Em geral, é recomendado que se tenha um intervalo de dois anos entre um parto normal e uma cesariana, para que a cicatriz da cesariana não rompa com as contrações do parto. Não se recomenda também para as mães que já passaram por duas cesáreas. Respeitados esses quesitos, um parto normal é possível mesmo que a mulher já tenha passado por cesárea. Cabe lembrar que os motivos que levaram a uma cesárea na gestação anterior podem não se repetir nas seguintes.

– Anestesia do parto leva à queda de cabelo? Mito. Não há relação entre as duas coisas. O que ocorre é que mudanças hormonais suspendem perda natural de fios durante a gravidez e, depois do parto, todo o cabelo que não caiu nos últimos meses cai. Todas as mães passam por isso após o nascimento dos bebês, de forma mais ou menos intensa. Outros fatores que levam à perda dos fios são stress e mudança rápida do peso corporal, tão comuns também nessa fase.

– A forma de nascimento não faria diferença para o bebê? Mito. No parto normal, as contrações do útero ajudam o bebê a expelir o líquido de dentro dos pulmões, diminuindo as chances de problemas respiratórios. Além disso, a criança terá mais facilidade no momento da amamentação.

– Parto normal danifica os músculos da vagina? Mito. A vagina é um órgão elástico, preparado para o parto. Mulheres saudáveis e ativas não precisam se preocupar.

– Todo parto normal exige corte no períneo, para facilitar a passagem do bebê? Outro Mito. Chamado de episiotomia, o procedimento apenas é feito quando há indicação específica, pois torna a recuperação mais dolorosa.

– Se a gestante não apresenta dilatação, a cesariana é a única saída? Não é verdade! Antes de indicar a cesariana, o médico pode buscar promover contração e buscar fazer com que a dilatação ocorra.

– Mulheres que passaram por cirurgia de mioma não poderiam ter parto normal? A afirmação vale apenas nos casos de grandes cirurgias que possam ter feito com que a parede do útero ficasse fragilizada. No caso de miomas pequenos, que cresceram para fora da parede uterina, não há contraindicação para cirurgia.

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