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Sede de pesquisa nacional, Alfredo Chaves avança no controle da Febre do Oropouche
Os estudos acontecem na comunidade de Quarto Território e se estendem até o fim de outubro
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 16:26
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Escolhido como município sede para estudos relacionados ao controle da Febre do Oropouche, Alfredo Chaves avançou para a segunda fase da pesquisa desenvolvida em parceria com a Fiocruz, Embrapa, Governo do Estado e Prefeitura.
O projeto pioneiro no Brasil acontece na comunidade de Quarto Território e consiste na aplicação de inseticidas em áreas com focos de maruins. Segundos os pesquisadores, os inseticidas estão sendo aplicados de forma otimizada, buscando comprovar resultados consistentes. A expectativa é que os dados subsidiem regras claras e seguras para o controle dos maruins em áreas rurais do Brasil e fora dele.
Processo da pesquisa
A febre do Oropouche, até pouco tempo restrita à região amazônica, se espalhou pelo Brasil em 2024, registrando surtos em diversos estados, inclusive no Espírito Santo. Entre os municípios capixabas, Alfredo Chaves se destacou pelo maior número de casos: foram 1.289 registros confirmados entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025. O pico ocorreu em novembro, consolidando a cidade como um dos principais pontos de atenção do país diante da doença.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde escolheu Alfredo Chaves como local-sede para o início de um projeto pioneiro de controle da doença, desenvolvido em parceria com a Fiocruz, Embrapa, Governo do Estado e Prefeitura. A iniciativa ganhou relevância e já desperta interesse da comunidade científica internacional, posicionando o município no centro de um estudo que pode definir protocolos globais para conter a disseminação do vírus.
Quarto Território: área escolhida para testes
O trabalho começou em fevereiro de 2025, quando equipes técnicas foram a campo para conhecer a realidade local e traçar um plano de ações. A área escolhida para os experimentos foi o Quarto Território, região com alta concentração de maruins – insetos transmissores do vírus.
As ações de curto prazo tiveram foco nos maruins adultos, responsáveis pelas picadas em humanos. Para combatê-los, pesquisadores utilizaram inseticidas já empregados no controle do mosquito da dengue. Após testes em laboratório comprovarem a eficácia do produto, ele foi aplicado em campo de três formas diferentes, em ciclos semanais, durante cerca de 80 dias. Os resultados orientaram a definição do método mais eficiente de aplicação.
Pesquisa avança
Com base nessa análise, em agosto teve início a segunda fase da pesquisa, que se estende até o fim de outubro de 2025. Nela, os inseticidas estão sendo aplicados de forma otimizada, buscando comprovar resultados consistentes. A expectativa é que os dados subsidiem regras claras e seguras para o controle dos maruins em áreas rurais do Brasil e fora dele.
Já as ações de médio e longo prazo concentram esforços em impedir que os maruins cheguem à fase adulta. Para isso, armadilhas foram instaladas em plantações de banana no Quarto Território, monitoradas quinzenalmente. O objetivo é mapear os locais de maior reprodução dos insetos e, a partir daí, testar substâncias capazes de eliminar as larvas sem causar desequilíbrios ambientais.
A pesquisa exige tempo, cautela e integração entre diferentes áreas da ciência, mas especialistas acreditam que os resultados obtidos em Alfredo Chaves serão fundamentais para a formulação de estratégias internacionais de enfrentamento da febre do Oropouche, uma doença que deixou de ser amazônica e passou a ser uma preocupação global.
*Com informações da Prefeitura de Alfredo Chaves
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