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Trabalhadores em condição análoga à escravidão são resgatados em Alfredo Chaves

Por Redação Folhaonline.es

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 08:29

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Eles eram empregados em uma propriedade de banana e café

Três trabalhadores mantidos em condição análoga à escravidão foram resgatados na última quinta-feira (01) no distrito de Ibitiruí, Alfredo Chaves. Eles trabalhavam em plantações de banana e café em uma propriedade rural do município. A operação de resgate foi realizada pelas equipes de fiscalização da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho no estado em conjunto com a Polícia Rodoviária, após uma denúncia anônima feita ao Disque 100, o telefone do governo federal que recebe informações sobre violações aos direitos humanos no país.

O auditor-fiscal do Trabalho que comandou a operação, Rodrigo de Carvalho, explicou que as condições na frente de trabalho eram precárias. Os empregados não tinham nenhum equipamento de segurança, nem local apropriado para fazer as refeições e as necessidades fisiológicas. Eles almoçavam no meio do bananal, onde há risco de ataque de animais peçonhentos. No alojamento, a situação era ainda pior. Eles dormiam em dois quartos no porão do escritório da fazenda. Não havia janelas e a única iluminação era de um ponto elétrico instável. O banheiro compartilhado possuía um chuveiro elétrico queimado, o que obrigava os trabalhadores a tomarem banho frio, mesmo em dias de baixas temperaturas. “A isso se somam aqueles outros itens degradantes: os colchões eram finos, não havia roupa de cama, não havia refeitório. E a vida deles se resumia a trabalhar e depois ficar naqueles quartinhos insalubres”, explicou Rodrigo.

Além disso, os trabalhadores não tinham salário fixo. Eles recebiam apenas adiantamentos semanais que não chegavam ao valor de um salário mínimo. E nada disso era registrado em carteira de trabalho.

Carvalho informou que os trabalhadores foram aliciados na Bahia, no município de Nilo Peçanha, distante quase mil quilômetros de Alfredo Chaves. Eles teriam sido abordados por um homem que havia prometido trabalho em condições dignas e salário mensal de R$ 1,8 mil. “Ao chegarem lá, constataram que nada era como havia sido prometido”, relatou, ressaltando que o empregador não obrigava os trabalhadores a ficarem na fazenda, mas também não dava condições para que eles deixassem o local.

Os trabalhadores já foram afastados do trabalho. O empregador se comprometeu a assinar a carteira e a pagar todos os direitos trabalhistas retroativamente, o que deve ocorrer até o final da próxima semana. Enquanto isso, ele transferiu os ex-empregados para um chalé com condições de habitabilidade na mesma fazenda. Assim que receberem o dinheiro e tiverem o documento devidamente preenchido, eles poderão encaminhar o Seguro-Desemprego de Resgatado e retornar à Bahia.

  • Com informações do Ministério do Trabalho

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