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Você tem cachorro em casa? Cuidado com o surto de cinomose em Guarapari

Por Glenda Machado

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 21:00

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cachorros interna

As fotos são de 16 cachorros que estão sob os cuidados de uma protetora dos animais em Santa Mônica. Todos contraíram cinomose. Porém, esse é apenas um exemplo do surto vivido hoje em Guarapari. Os protetores garantem que pelo menos 20 cães estão morrendo por semana no município. Mas você sabe o que é cinomose? Qual é o tratamento e como pode ser prevenida?

O Folha da Cidade recorreu ao profissional veterinário para tirar todas as dúvidas sobre a doença. “A cinomose é uma doença exclusivamente canina, não atinge outros animais domésticos como gatos. Também não é zoonose, pois não passa para o homem. É causado por um vírus, altamente contagioso e com alto índice de morte – mais de 30% dos casos”, explica o veterinário Dr. Fábio Maio (CRMV 0428).

De acordo com ele, diante de um cenário de surto, se o animal começou a ficar triste e sem apetite, deve-se procurar um veterinário imediatamente. “O diagnóstico sintomático é complicado porque essa doença tem vários sinais como secreção nos olhos, tosse, diarréia. Mas não aparecem necessariamente em todos os animais. Alguns apresentam cegueira, outros problemas nos ouvidos e pode até atingir diversos órgãos como o pulmão. Então só o exame específico para dar o diagnóstico preciso”.

Outro alerta do veterinário é que quanto mais cedo começar o tratamento, maiores são as chances de cura. “O tratamento é por meio de medicamentos injetáveis, mas cada caso tem uma receita própria de acordo com os sintomas apresentados. O grande problema é que muitos esperam a doença chegar em um estágio avançado para então procurar ajuda especializada”.

Dr. Fábio conta que a cinomose pode atingir o sistema nervoso do cachorro que afeta o controle das pernas e por isso, normalmente, o animal fica sem andar. “O grande problema é o contágio, porque a maioria dos nossos cachorros não é imunizada. Como é causada por vírus, só o ato de um cão cheirar o outro, já pega. Se alguém que está cuidando de um animal doente tem contato com um que está sadio sem a devida higienização também transmite”.

Isso poderia ser evitado com uma simples atitude: dar a vacina anualmente. “Quando o animal está sadio, deve dar a vacina que é importada e de forma regularizada aplicada por um veterinário. Também existe a vacina nacional no mercado, mas não tem o mesmo poder de imunização. Enquanto você gasta cerca de R$ 50 com a prevenção, vai ter um custo de R$ 300 a R$ 500 com o tratamento sem garantia de cura”.

O próprio protetor de animais, Alessandro Varandas, afirma que já perdeu três cachorros só nesta semana. “Além do surto, outra preocupação nossa é com os cachorros de rua, porque temos uma grande quantidade de animais de rua em Guarapari. E como não há campanha de vacinação como acontece com a raiva, por exemplo, por ser zoonose, os animais estão ainda mais expostos ao contágio e à proliferação da doença”.

Opinião compartilhada pela colega Rosângela Faria. “Nosso grupo de protetores de animais está tentando ajudar os cachorros doentes, mas precisamos do apoio da sociedade para arcar com os remédios pois o custo é alto e a quantidade de cães com cinomose é grande. Quem puder contribuir entre em contato com a gente, pode ser em espécie, pode pegar o nome do remédio e comprar, pode pagar uma consulta veterinária. Esse é o nosso apelo”.

Contatos para doações:

99957-2175 / 98809-1489

 

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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