Artigo: Lenise Loureiro poderá inovar o turismo capixaba

Tive o privilégio de assistir, no Guará Centro de Eventos, a palestra “Desenvolvimento Turístico e Oportunidades” pela Secretária Estadual de Turismo do Espírito Santo, Lenise Loureiro.

Com a experiência de ter ministrado mais de seiscentos cursos e palestras, afora assistido outros tantos, confesso que fiquei impressionado com a habilidade, conhecimento e segurança da palestrante.

Já pensando em escrever esta coluna, fiz uma busca no Google e vi que já fora secretária e adjunta em cinco outras ocasiões. Também perguntei sobre ela a dois amigos experts, que só tiveram elogios ao seu trabalho.

Sem vangloriar-se das realizações de governo e sem fazer promessas mirabolantes, comuns neste tipo de acontecimento, demonstrou domínio de marketing e gestão, afora habilidade na condução.

Pautou sua apresentação em dados de pesquisa e estatísticos sobre o tema, partindo desta análise para afirmar: mais do que boas ideias, o turismo do Espírito Santo, precisa é de bons projetos.

O mais expressivo do Governo do Estado para Guarapari, em sua gestão, é a reforma do Radium Hotel, que está em curso e sua transformação em centro de cursos IFES, nas áreas hotelaria e gastronomia.

Um mês antes, o Estado já havia participado da reforma e ampliação do Santuário de São José de Anchieta e há uma semana, visitou o canteiro de obras da Rodovia do Sol em Meaípe, vitais ao incremento do turismo na região.

Mesmo na parte final da palestra, destinada a perguntas, não se deixou levar pelos perguntadores de plantão, que costumam chegar atrasados, dão seu recado, carregado de autoelogios e saem à francesa.

Paciente e atenciosa, escutou a todos com atenção e anotou em um bloco o ponto chave, abordando com segurança a proposta, dando a cada perguntador, sempre sua opinião e competente resposta.

Minha família tem há quarenta e cinco anos, casa em Gramado e por isso tive a oportunidade de acompanhar o Natal Luz desde o princípio, quase todo com criação de atrações pela iniciativa privada.

Diferente disso aconteceu em Curitiba, onde morei por trinta anos e vi uma cidade muito fria se transformar em atrativa e acolhedora, com obras do poder público, destinadas a atrair turistas.

No caso específico de Guarapari, imagino que um modelo misto, com o público fazendo infraestrutura e o privado montando atrativos, como fiz com o museu há um ano, que não para de crescer.

Como habitualmente faço nas palestras que assisto, dei-lhe um exemplar do meu Guia de Férias e Feriadões. Como não costuma acontecer, mandou-me mensagem de voz pelo Whats App, dizendo que iria ler.

Conquistou a mim e a plateia, que assistiu atenta até o final!

*Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, Especialista em Marketing e Gestão pela PUC e MBA pela FGV.

Contato: [email protected].