Iema avalia danos para multar responsável por ação em reserva ambiental em Guarapari

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) informou que está avaliando a extensão dos danos para aplicar multa aos responsáveis por uma ação na Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, unidade de conservação no entorno do Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari, na última segunda-feira (27).

Os danos foram causados por um desafio, que consistia em encontrar dinheiro enterrado na areia da Praia de Setiba Pina, e que teria sido convocado pelo influenciador Flávio Ramos, autointitulado “Sheik de Guarapari”, através de vídeos nas redes sociais. De acordo com o Iema, causar dano à unidade de conservação é infração administrativa passível de multa, bem como crime ambiental.

Entenda o caso

Em nota, a Polícia Militar informou que recebeu um chamado devido a um tumulto na região, na tarde de segunda-feira (27), causado por pessoas que chegaram no local após descobrirem que alguém havia escondido certa quantidade de dinheiro na areia. Os militares foram até a praia e devido a quantidade de pessoas, acionaram outras equipes e dispersaram os presentes.

Procurada pelo folhaonline.es, a advogada Raissa Mombrini, que representa Ramos, se limitou a dizer “que Flávio não se pronunciou em nenhum momento para qualquer imprensa, ele está em viagem e no dia do ocorrido inclusive estava em Balneário [Camboriú]”.

Ela ainda garantiu que até o momento seu cliente não foi notificado de nenhuma multa ou penalidade “advinda do evento que supostamente afirmam ter sido realizado por ele”. A reportagem tentou, através da advogada, contato com Flávio Ramos, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.

Polêmicas

O influenciador Flávio Ramos tem colecionado polêmicas nos últimos meses em Guarapari. Após viralizar nas redes sociais por ter lançado dinheiro do alto de um prédio na Praia do Morro, ele passou a criar desafios para premiar populares.

O principal deles terminou em confusão na Praia das Castanheiras, no Centro, em outubro. Os participantes do desafio deviam ficar com a mão em um carro, quem ficasse por mais tempo sairia vencedor e levaria o veículo. No entanto, a “prova de resistência” não deu certo. Uma multidão causou uma confusão pelas ruas da cidade, que resultou em brigas e quebra-quebra.

Na ocasião, Flávio foi multado em R$ 50 mil pela prefeitura da cidade devido à falta de licença prévia para a realização do evento.