Coluna Dom Antônio: Rodoshopping Guarapari – que tal colorir o elefante branco, resolvendo o problema?

Desde que vim para Guarapari, há oito anos, tenho tristeza em ver o belo projeto integrando um shopping à nossa nova rodoviária, vazio, com lojas e uma ala inteira fechada.

Procurei saber o motivo e me disseram que as empresas de ônibus que cruzam Guarapari pela Rodovia do Sol agora sem pedágio, não tem interesse de entrar na rodoviária.

Sem o movimento destes passageiros dos ônibus, o volume de pessoas que vai à rodoviária é pequeno, desmotivando como negócio a bares, restaurantes e lojas em geral.

Como gosto de tentar resolver problemas, encontrando soluções simples, trato de pensar e encontrar um melhor aproveitamento ao que é bom ou poderia ser melhor.

Todos nós sabemos das centenas de ônibus que todos os fins de semana, trazem mineiros para passar o fim de semana em Guarapari. A maioria chega de madrugada.

O que muitos não sabem é que o peso destes ônibus gigantes, fazem buracos nas ruas secundárias de Guarapari, que é por onde transitam, para evitar a fiscalização.

Como em muitas outras praias, já existe um decreto proibindo estes ônibus de excursão de circularem pela cidade. O que falta é fiscalização para cumprir o decreto.

A solução simples é todos eles deixarem os passageiros na Rodoshopping e este traslado até a casa, pensão ou pousada onde ficarão, ser feito em duas vans.

Estas vans do tipo escolar que não circulam nos sábados e domingos, poderiam ter receita extra com este serviço e trabalho para outros motoristas.

Após isto os ônibus buscariam estacionamentos que estão surgindo nas margens da BR 101, que certamente são bem mais baratos que os atuais.

Para ter uma noção, basta ver num sábado, a quantidade de ônibus nos estacionamentos da Praia do Morro. A quantidade deles surpreende.

Todos estes ônibus aí estacionados, já circularam fora das avenidas sem preparo de solo para ônibus e caminhões pesados, danificando-as.

Nestas ruas de metro quadrado mais barato, é onde estão os endereços que recebem até 50 pessoas de uma vez, muitas sem habite-se à função.

Além de atrapalhar o trânsito, por serem mais lentos e o tráfego por serem gigantes, o embarque e desembarque costumam ser barulhentos em ruas tranquilas.

Nada contra os que vem usufruir Guarapari, apenas penso em organizá-la melhor, para benefício dos próprios turistas e moradores para uma boa coexistência.

Muitas cidades que recebem este tipo de turismo, já adotaram decreto como este. A novidade aqui seria a utilização das vans como meio deste traslado.

Que daria trabalho aos motoristas locais!

Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e MBA pela FGV, mestrado em Portugal e doutorado na Espanha. Autor de 47 livros e mais de 250 colunas sobre Guarapari.