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Escola de Guarapari realiza projeto sobre racismo religioso com estudantes da EJA

Projeto buscou refletir sobre a responsabilidade cidadã de combate ao racismo religioso

Por Redação Folhaonline.es

Publicado em 30 de junho de 2024 às 18:00

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Foto: divulgação/Sedu

Durante o mês de junho, a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Dr. Silva Mello, localizada em Guarapari, desenvolveu com os alunos da 1ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) um projeto interdisciplinar sobre racismo religioso, que contou com leituras de textos de referência, debates e teatro. Um dos objetivos principais da ação foi conscientizar os estudantes sobre a percepção de um padrão etnicamente excludente e preconceituoso em que se desdobrou o desenvolvimento histórico.

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O projeto, além de visar reconhecer e valorizar a cultura, a história, os saberes e as descendências africanas, incluindo processos históricos de resistência desses grupos na construção da sociedade nacional, também buscou refletir sobre a responsabilidade cidadã de combate ao racismo religioso e construção de uma sociedade equânime, fomentando a tolerância à diversidade religiosa.

Na primeira etapa de atividades, os estudantes participaram de uma roda de leitura, em que leram trechos do livro “O pequeno manual antirracista”, de Djamila Ribeiro e, em seguida, foi feito um debate no formato Fishbowl sobre os temas levantados no livro, como racismo estrutural, epistemicídio, literatura afro-brasileira, entre outros. Em um segundo momento, com base nas discussões, os educandos fizeram uma pesquisa sobre personalidades brasileiras étnico-raciais (escritores, políticos, cantores, filósofos etc.) para produzir cartazes e uma exposição oral com informações biográficas sobre cada personalidade escolhida.

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Finalizando o projeto, os alunos apresentaram uma peça de teatro sobre o tema “Racismo religioso” intitulado “Lição”, dirigido e escrito pela professora de Arte Fêh Beiter e sob tutoria da professora de Projeto Integrador de Pesquisa e Articulação com o Território (PIPAT) Dagma Simões. Os estudantes realizaram ensaios por aproximadamente quarenta e cinco dias, que envolveram prática de encenação, produção da peça e figurino. Durante esse período, além de ensaiar, os estudantes discutiam sobre esses temas em sala de aula.

“Tem sido uma tônica do meu trabalho discutir temas que abordem as relações étnico-raciais. A literatura é um espaço de contestação e reflexão de temas sensíveis para a sociedade. Hoje conseguimos revisar a história do nosso país por meio de obras literárias deliberadamente esquecidas. A roda de leitura do texto da Djamila Ribeiro e, em seguida, o debate entre os estudantes proporcionaram o letramento racial, a discussão de situações de racismo no cotidiano dos alunos e uma nova postura diante da história e identidades brasileiras”, afirmou o professor de Língua Portuguesa Rodrigo de Agrela, um dos responsáveis pelo projeto.

“O teatro despertou algo dentro de mim que estava adormecido: a Lara lá do passado, apagada, sumida. O teatro me ajudou a reencontrá-la, a me reconhecer. Agradeço à professora Fêh por oportunizar o teatro na escola. O teatro me permitiu deixar do lado de fora a mãe, a filha para ser a Lara, mulher, ser humano”, relatou a estudante Lara Francielly.

*Com informações da Secretaria de Educação do Espírito Santo.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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