CEU: o dinheiro chegou, mas cadê a obra?

CEU: obra possuía uma verba de R$ 2 milhões era um repasse do Ministério da Cultura e da Prefeitura do Município. Foto: reprodução internet

Depois das obras que perduram mais de 5 anos de espera na orla da Praia de Santa Mônica, outra construção do bairro continua abandonada. Estamos falando do Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU) que tinha data prevista de entrega em março de 2014. Mais de um ano depois, a estrutura só dá lugar, ao invés de pessoas, a animais e mato.

A obra, que começou a ser construída em 2013, também não agradou muito a população local. É o que diz o presidente da Associação de Moradores do Bairro Santa Mônica, Demizart Luiz do Nascimento. “O local não é apropriado para receber essa obra. Além disso, virou ponto de usuários de drogas porque toda abandonada e enferrujada”.

O presidente da associação ainda diz que a comunidade gostaria que a obra fosse terminada com urgência, mas que nunca foram consultados sobre suas demandas. “Nada em Santa Mônica é consultado. Não sabíamos que ia ter essa obra, não somos ouvidos e depois temos que arcar com as consequências” completou.

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Mas o dinheiro não deu…

A praça “CEU”, que possuía uma verba de R$ 2 milhões, era um repasse do Ministério da Cultura (MinC) e da Prefeitura de Guarapari. Para muitos, teria o objetivo de acolher pessoas carentes com atividade esportivas e educacionais. Mas as coisas começaram a complicar quando a construtora responsável  abandonou a obra por alegar que não estava recebendo o pagamento. E é aí que está o problema: segundo o Portal da Transparência (clique aqui), a quantia de R$ 1 milhão foi depositada pelo MinC e a Administração também contribuiu com um montante de R$ 78 mil.

Segundo os moradores a obra fica localizada em um ponto distante e é um prato cheio para usuários de droga. Foto reprodução internet

Ainda de acordo o Diário Oficial (Processo nº6577/2015) a licitação da contratação de nova empresa de Engenharia para conclusão da obra teve abertura no dia 1º deste mês, mas até agora não houve resultado. Quando questionados sobre os motivos da paralisação, a PMG respondeu em nota que “realizou a suspensão das obras por descumprimento do contrato (descontinuidade) por parte da empresa responsável. Assim, foi necessária a reelaboração de planilhas, além da atualização do projeto e de todos os cálculos para a realização de novo certame para continuidade e conclusão.”

Sobre o repasse, a Prefeitura ainda disse que ele foi feito de acordo com as medições realizadas e que é importante ressaltar que “os recursos referentes à convênios com União não são gerenciados pelo Município, e sim, pela Caixa Econômica Federal”. Até o momento, mais de um milhão já foram executados nas obra.

Um morador que não quis se identificar não acredita nas medições e no valor que foi gasto para a construção. “O que foi construído não dá o montante de R$ 1 milhão. Lá só tem algumas colunas e telha, que por sinal, já estão todas destruídas, denuncia.