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Detentos do CDP Guarapari fazem protesto
Por Gabriely Santana
Publicado em 20 de julho de 2015 às 17:51
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Um princípio de rebelião foi registrado no final da manhã desta segunda-feira (20) no Centro de Detenção Provisório, de Guarapari. Segundo a esposa de um detento, os presos estão sendo vítimas de maus tratos. “Sai agorinha da visita e meu esposo falou que os agentes estão batendo novamente. Estão jogando spray de pimenta dentro da cela e eles não sabem o motivo. Meu marido pediu para ligar para o Ministério Público porque os detentos estão fazendo greve de comida já faz uma semana. Se o Ministério não for lá eles não vão comer”, disse a esposa de um detento que preferiu não se identificar.
O CDPG de Guarapari é alvo de três procedimentos. O primeiro deles apura as condições de recolhimento dos internos na unidade, já que inspeções do colegiado atestaram a superlotação. Os internos relataram que não havia atendimento médico, jurídico e social, que as condições de higiene estavam péssimas, o que estava provocando problemas de saúde. A alimentação servida invariavelmente estava estragada ou crua. Além disso, os custodiados disseram que sofriam retaliações após as inspeções.
De acordo com informações os presos apresentam uma pauta de reinvindicação contra os maus tratos e melhores condições na unidade prisional. A tropa de Choque foi acionada para conter as manifestações.
Mais informações
Em nota a Secretaria de Estado da Justiça informa que na manhã desta segunda-feira, parte dos presos do Centro de Detenção Provisória de Guarapari iniciou um tumulto, gritando e batendo nas grades das celas. O grupo se recusava a cumprir os procedimentos disciplinares determinados pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
A situação foi controlada pelos servidores da unidade e não houve danos materiais ao patrimônio ou qualquer registro de lesão ou ferimentos em presos ou agentes. A Diretoria de Operações Táticas está no local, realizando revista em todas as celas.
No momento, a unidade funciona sem problemas e os detentos que se recusaram a receber o café da manhã já aceitaram receber o almoço.
O governo do Estado e a Secretaria de Estado da Justiça acrescentam que não toleram nenhum tipo de violência nas unidades prisionais e qualquer caso deve ser denunciado à Corregedoria da Sejus, que investigará com rigor todas as denúncias.
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