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Suposto canil clandestino na verdade era uma Ong de Proteção Animal

Por Gabriely Santana

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 20:59

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Após uma denúncia feita ao Centro de Controle de Zoonozes de Guarapari e também para a Vigilância Sanitária de que um suposto canil irregular funcionava no bairro Santa Mônica, incomodando moradores da região com latidos, infestação de ratos, focos de dengue e que supostamente não possuía autorização para funcionar, atrás daquele muro, escondia o que ninguém sabia: um verdadeiro ambiente de acolhimento aos animais. Limpos e bem cuidados, ambientes e canil organizados.

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A Ong Wilson Martins funciona em uma casa no bairro Santa Mônica, próximo ao Maxtur. Foto: Glenda Machado

Segundo a gerente de Vigilância Ambiental, Lorena Santos da Silva, a ação foi realizada pois a residência teria impedido a entrada de agentes de combate a endemias, em duas ocasiões anteriores. “Nós tivemos uma denúncia de criação de animais irregular, e a equipe da dengue esteve aqui ontem e hoje, mas ação foi recusada. Por isso voltamos aqui com apoio da vigilância, pois estamos com um número expressivo de casos de dengue e não tivemos como entrar para verificar a situação”, disse Lorena.

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Carlos Ivan da Silva é um dos moradores incomodados com os animais. Foto: Glenda Machado

Enquanto a fiscalização aguardava a chegada da proprietária do local, que mora na Praia do Morro, um morador manifestou a sua insatisfação com o suposto barulho dos animais. “Não acho isso certo. Ela não mora aqui e quem tem que aguentar o barulho dos cachorros latindo somos nós. Já tentamos reclamar com ela mas nenhuma medida foi tomada”, completou indignado o morador Carlos Ivan da Silva.

Com a chegada da proprietária, todos os questionamentos foram resolvidos. A casa foi aberta e lá todos puderam constatar que os animais eram muito bem cuidados, alimentados e limpos. A estrutura é realmente de um canil, mas na verdade o que funciona ali é uma Ong de proteção aos animais de rua. Em conversa com a cirurgiã-dentista Rose Anne Wanfredo, que é a presidente da Ong Wilson Martins foi confirmada a informação de que todos os cachorros são vacinados e que o gasto para manter aquele ambiente é de quase R$2 mil reais mensais. “As pessoas não conhecem o trabalho e ficam julgando e reclamando por causa do barulho. Claro que qualquer animal faz barulho. Acredito que se mais pessoas fizessem esse trabalho, mais cachorrinhos não estariam em situação de rua”, desabafa Rose Anne que tem uma base de proteção aos animais no Rio de Janeiro, sua cidade natal.

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Equipe do CCZ e a Vigilância Sanitária estavam presentes na ação. Foto: Glenda Machado

A equipe da Vigilância avaliou os cartões de vacina, a quantidade de animais e nada de irregular foi constado, exceto um pequeno foco de dengue que segundo a proprietária aconteceu no período de chuva do último fim de semana. “Realizamos toda a inspeção e orientamos a presidente da ong para que ela oriente os funcionários que tenham mais cuidado com água parada e também com a disposição dos alimentos para que não tenha infestação de roedores. Sobre a quantidade de animais que estão aqui, só fazemos a ressalva que não devem ultrapassar de 50”, finalizou a gerente de Vigilância Ambiental, Lorena Santos da Silva. Ela ainda completou dizendo que a partir de dezembro o CCZ volta a funcionar com o recolhimento dos animais para castração e que em breve uma feira de adoção de animais será realizada.

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A cirurgiã-dentista Rose Anne Wanfredo, presidente da Ong Wilson Martins, pega uma das cachorrinhas adotadas no colo. Foto: Glenda Machado

Hoje, ao todo a Ong Wilson Martins conta com cerca de 20 cachorros e 11 gatos. Todos eles foram recolhidos nas ruas, machucados e sem castração. A proprietária do espaço não recebe ajuda e conta apenas com o apoio de alguns protetores que acolhem os animais em suas casas.

“Eu não fico aqui, mas tenho uma funcionária com carteira assinada para dar assistência os animais durante toda a semana e vou orientá-la para que tenha mais cuidado com os focos de dengue. Sinceramente eu não entendo as pessoas que não possuem compaixão pelos animais e querem estragar um trabalho tão bonito. Se todo mundo fizesse a sua parte, não teríamos animaizinhos machucados nas ruas”, disse a presidente da Ong Rose Anne Wanfredo.

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