Passagem de ônibus aumenta de R$ 2,15 para R$ 2,50

O aumento passa a valer a partir do dia 4 de janeiro

Quem depende do transporte coletivo municipal vai ter uma surpresa no início do ano. Isso porque a prefeitura aprovou um decreto autorizando o aumento de 16,26% no valor da tarifa, passando de R$ 2,15 para R$ 2,50. O decreto 651/2015 foi homologado nessa terça-feira (22/12) e passa a valer a partir do dia 4 de janeiro de 2016.

“A tarifa ficou congelada em R$ 1,65 por sete anos. Depois passou para R$ 1,90 e seguramos esse valor por mais três anos. Já era para estar em R$ 2,35 desde o ano passado, mas conseguimos manter em R$ 2,15 no reajuste em janeiro deste ano”, explica o secretário de Desenvolvimento e Expansão Econômica, Danilo Bastos.

De acordo com ele, a lei complementar 02/2006 determina o reajuste anual. “O valor tem que ser revisado todo ano, mesmo que a tarifa seja mantida”. Neste ano, as empresas solicitaram o aumento para R$ 2,75. O Conselho Municipal de Trânsito analisa o pedido, faz os cálculos de impacto no serviço e passa o valor para avaliação da prefeitura.

“Com 32% de aumento no valor do combustível, 10% de aumento no salário dos funcionários, 15% de reajuste no seguro pessoal, 15% de reajuste no ticket alimentação e 15% de reajuste no plano de saúde, chegamos a um reajuste total de 16,26% – R$ 2,52. A prefeitura arredondou para R$ 2,50”, ressalta Danilo.

Muitos usuários questionam o valor ao comparar com a tarifa cobrada na Grande Vitória. Hoje, a passagem de ônibus na capital é de R$ 2,45. No entanto, o secretário destaca que há subsídio do Governo do Estado. “Na Grande Vitória, a tarifa real é R$ 3,11. Com subsídio do governo de R$ 0,66, chega a R$ 2,45 para o cidadão. Em Guarapari, não há esse subsídio”.

Mesmo assim os usuários não concordam com o reajuste. “É um absurdo, porque aqui o trajeto é perto e tudo plano. Outra coisa, eles aumentam a passagem, mas não melhoram o serviço. Os ônibus velhos, caindo aos pedaços. Em época de crise, vamos nos deparar com mais um aumento nas nossas contas”, reclamou a diarista Marlúcia da Silva.