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Calçadão de Concha D’Ostra deve ficar pronto em dezembro
Por Natália Zandomingo
Publicado em 11 de outubro de 2016 às 16:00
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Já a finalização das praças e o tratamento do esgoto não possuem previsão de conclusão.
Na manhã desta terça-feira (11), representantes da Prefeitura de Guarapari e de órgãos estaduais visitaram as obras de construção do calçadão da Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável Concha D’ostra. O projeto tem o objetivo de proteger o manguezal e ainda revitalizar a região, que ganhará quatro praças e iluminação. Na ocasião, a secretária Municipal de Meio Ambiente, Jéssica Martins, informou que o calçamento será entregue ainda este ano, no mês de dezembro.
Segundo a secretária, a obra terá 2 km de extensão entre os bairros Concha D’Ostra e Kubitschek. “Até agora foi feito o enrocamento – que é a colocação de pedras para o terreno não ceder – e o aterramento. Assim que a chuva passar, a construtora dará continuidade aos trabalhos, fazendo a pavimentação do calçadão. R$ 600 mil reais já foram liberados para esta fase”.
A responsável pela pasta também disse que ao todo serão R$ 2 milhões de reais disponibilizados pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para o calçadão e a prefeitura ficará responsável pelo mobiliário da praça e iluminação pública, o que somará quase R$ 3 milhões.
De acordo com a Diretora Presidente do Iema, Andreia Carvalho, a obra é um projeto piloto custeada com recursos de compensação ambiental que poderá ser levada para outras cidades capixabas. “O recurso de R$ 2 milhões para proteger esta reserva vem de uma compensação ambiental do processo de licenciamento da 4ª Usina da Samarco. O Iema é o órgão gestor desse recurso e a prefeitura está executando por conhecer melhor a região e poder dialogar com a comunidade”.
O gestor da Unidade de Conservação, Georges Mitrogiannis Costa, mostrou o canteiro de obras para a comitiva que também contou com a presença do prefeito Orly Gomes, do secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Aladim Cerqueira, do diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Amadeu Carvalho e lideranças comunitárias.
De acordo com Georges, a área escolhida para construir o calçadão é o maior fragmento de mangue com ocupação. Dessa forma, a intensão é impedir que as ocupações e aterros continuem avançando para dentro do manguezal.
Orly Gomes informou que a iluminação pública também será entregue este ano e que o mobiliário das praças ainda não tem previsão para ser entregue. O chefe do executivo municipal avaliou a importância da obra para a cidade. “Esta obra é fundamental para Guarapari que possui uma área enorme de Manguezal. Vamos praticamente zerar as invasões nessa região”.
Problema do esgoto ainda não foi resolvido
O líder comunitário de Concha D’Ostra, Mauvino Costalonga, disse que a comunidade está abraçando a obra, mas os moradores estão preocupados com o esgoto que continua sendo lançado no mangue e com a água da chuva, que com o início da obra passou a ficar represada no quintal das casas. É o que acontece com na residência de Jorge Antônio, que mora há sete anos no bairro. “Ainda não fizeram rede de esgoto e quando chove a água fica acumulada no quintal.” O gestor da unidade informou que a drenagem ainda não foi concluída e que isso escoará a água dos terrenos.
O tratamento do esgoto também é cobrado pelo conselheiro da Unidade de Conservação e membro da ONG Gaya Religare, Matheus da Costa. “Estamos cobrando dos responsáveis para que essa obra saia com rede de esgoto. Não adianta conter as invasões e continuar lançando esgoto na reserva”, afirmou.
Segundo o diretor de Engenharia e Meio Ambiente as Cesan, a obra de instalação da rede de esgoto ainda está em fase de projeto. “Nós ainda não temos o orçamento da obra. Primeiro temos que avaliar uma solução técnica para colocar a rede de esgoto aqui. O sistema será interligado ao sistema existente em Guarapari e para isso será necessário construir elevatórias para transferir o esgoto para a estação de tratamento”.
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