Moradora de Guarapari relata a luta contra o câncer de pele

Adriana Paganini descobriu a doença há mais de quatro anos, e alerta sobre os riscos da exposição exagerada ao sol.

Adriana disse que descobriu o câncer após observar algumas manchas brancas na pele. Fotos: Divulgação.

Este mês é promovido o dezembro laranja, mês de prevenção ao câncer de pele. A data foi inaugurada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e tem o objetivo de alertar à população sobre essa doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é o tipo de câncer mais frequente no Brasil.

Adriana Paganini é moradora de Guarapari e luta contra o câncer de pele há mais de quatro anos. Ela disse que o surgimento da doença teve influência da rotina que levava. “Eu gostava muito de pegar sol, não me preocupava. Eu também pegava muito sol pra ir para o trabalho, não achava que iria acontecer comigo, até por que era muito nova”, contou.

Adriana precisa fazer cirurgias constantemente, pois sempre surge um novo tumor. 

Depois do diagnóstico, toda a sua rotina mudou, disse Adriana. Por se tratar de um câncer de pele infiltrativo, ela precisa ir ao dermatologista uma ou duas vezes por mês. “Toda vez que eu vou à médica, ela acha um novo tumor. Meu rosto fica todo cortado. Não posso mais trabalhar nem ir pra praia”, explicou.

Adriana disse que precisa ficar internada constantemente. Ela também contou que depois que descobriu que tinha o câncer, acabou desenvolvendo a depressão. “Foi logo depois do diagnóstico, eu tentei suicídio várias vezes”, disse.

Depois de passar por tudo isso, Adriana disse que aproveita a experiência para alertar as pessoas que estão à sua volta. “Eu converso muito com meus amigos que gostam de pegar sol. Não podemos pensar que não vai acontecer com a gente. Às vezes é chato ficar passando protetor, mas nós temos que nos cuidar” enfatizou.

Texto: Sara de Oliveira