O coco verde é bom mas a casca é um problema que pede atenção

(*) Coluna Antônio Ribeiro

Foto: reprodução.

O médico e motivador, Lair Ribeiro, autor de vários livros de sucesso, em uma nova fase, tem recomendado o consumo do ovo e da água de coco, como os mais benéficos ao organismo. Isso mesmo, ovo e água de coco, duas coisas boas a baratas.

O ovo sempre foi mais acessível. A agua de coco no sul não sai por menos de R$ 5,00 pelo custo do frete. Aqui, nos anos recentes, tem sido vendida a R$ 2,00, o que a faz bem mais barata que refrigerantes ou sucos em lata ou caixa.

O problema de sempre é o casco. Não do ovo, mas do coco, como já é o das latas e caixas. O que fazer com os caminhões de coco verde, coletados todos os dias em nossas praias? Não só pelo volume, mas para o destino a ser dado.

Um consumo de 600 milhões de litros por ano no Brasil impressiona, o de 2 bilhões de cascas assusta muito mais. Afora problemas para o meio ambiente, por atrair insetos e um vilão da hora: o mosquito da dengue.

Se as soluções a nível Brasil estão sendo estudadas e propostas pela Embrapa, com um triturador, que depois de prensar para retirar a agua da casca, produz pó e fibra de coco, para uso na indústria de plásticos.

A título de sugestão para pesquisa, já que no estado existe lei proibindo o uso dos canudinhos plásticos, que tal estudar a confecção destes com a fibra da casca de coco, fazendo do problema, solução?

Como o nosso solo é, em sua maior parte, arenoso e seco, considerando que 80 a 85 % da casca é agua, fazer experimento local de sua utilização como reposição do solo onde foi retirada areia, seria outra.

Para Guarapari, conhecida por seu artesanato criativo, uma alternativa poderia ser a produção de vasos decorativos, xaxins e outras formas de suportes tipo cachepot, a partir de cortes na casca.

Com certeza seriam soluções melhores do que cortar folhas de coqueiros, como tem virado moda por alguns tipos de hippies que vem passar o verão na cidade e saem cortando nossos lindos coqueiros.

Melhor tentar encontrar soluções, do que ser parte do problema!

(*) Especialista em Marketing pela PUC, MBA em Gestão pela FGV, o autor desta coluna já escreveu 47 livros, entre eles o VOCÊ DECIDE – Guia de Férias e Feriadões.