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Ambulantes vão usar cor diferente de camisa em cada praia
Por Gabriely Santana
Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 17:30
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A temporada mais movimentada do ano traz uma discussão recorrente para a pauta pública de Guarapari. Desde que a nova orla da Praia do Morro foi urbanizada, em 2012, as regras para a atuação dos ambulantes vêm passando por constantes mudanças. Este ano, as novidades são a exigência do uso de uma camisa com cor diferente de manga para sinalizar os vendedores de cada praia e a unificação da atividade de água de coco com a de bebidas.
De acordo com o Secretário de Desenvolvimento e Expansão Econômica, Danilo Bastos, a Prefeitura se justifica de Leis Municipais e do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – entre o município e o Ministério Público do Espírito Santo – para regulamentar o uso da orla marítima de Guarapari. “Nosso objetivo é melhorar a qualidade de atendimento ao turista. Partimos da premissa de que as novas regras facilitarão o trabalho da fiscalização”.
O processo de cadastramento dos ambulantes para o verão está em curso. Por meio do edital de convocação de nº 34/2015, a prefeitura selecionará os trabalhadores. O vendedor deve optar por um tipo de produto e indicar a praia em que deseja atuar. A Praia do Morro concentrará o maior número de vagas, um total de 260 ambulantes cadastrados.
O documento traz ainda o modelo da camisa exigida pela prefeitura. Ela é obrigatória e sua confecção é de responsabilidade do próprio ambulante. Deve ser branca, apenas com as mangas coloridas de acordo com a praia em que trabalha. Para Carlos Alberto Borges, que vende coco há 30 anos, as mudanças são bem-vindas. Por outro lado, também critica a atitude em restringir a comercialização à faixa de areia.
“Fazer a camisa é uma coisa fácil, rapidinho podemos nos ajustar. Juntar a venda de coco com a de bebidas traz até benefícios, porque é difícil trabalhar com um produto só. Mas o problema mesmo é ser proibido de vender no calçadão. O ambulante espera o ano todo pra faturar no verão, mas não pode trabalhar em um dos locais de maior movimento, que é o calçadão à noite”, reclama.
A extinção dos churrasquinhos. O fim dos churrasquinhos, previsto para acontecer 2017, é outro fator de insatisfação para a categoria. Atualmente, já não estão sendo emitidas novas licenças para a comercialização do produto. A Prefeitura justifica a decisão como sendo uma determinação do Ministério Público, que considera a atividade um crime ambiental.
Mas para o vendedor Tiago Loiola, do Churrasquinho do Azeitona, a medida é muito radical. “Há alternativas que podem ser pensadas. Servir nos pratinhos, por exemplo, acabaria com os espetos na praia. Proibir tudo vai prejudicar muitas famílias que vivem disso, a renda do município e até o turista. É mais uma tradição das praias de Guarapari que vai morrer”.
por Mariana Bergamini
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