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Aos 9 anos, jovem bailarino de Guarapari conquista 5 bolsas de dança no exterior e precisa de ajuda para seguir sonhando
Daniel Viana se destacou em sua primeira competição e agora busca apoio financeiro para estudar fora do país
Por Natiele Ribeiro dos Santos
Publicado em 3 de junho de 2025 às 17:24
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Com apenas 9 anos, Daniel Viana, natural de Guarapari, já tem um futuro promissor pela frente: após participar de seu primeiro festival de dança; a segunda edição do Grande Prêmio Internacional de Dança do Espírito Santo; ele conquistou cinco bolsas de estudo no exterior. Daniel também passou na primeira seletiva da renomada Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville (SC), onde fará a etapa final em outubro deste ano. No entanto, a continuidade desse sonho esbarra em um obstáculo comum a muitos talentos brasileiros: a falta de recursos financeiros.
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A mãe de Daniel, Carolina Viana, trabalha com marmitas para tentar custear as despesas com a dança, mas não consegue arcar com os custos das viagens e da documentação necessária para o filho estudar fora do país. “Todos os gastos são altíssimos, totalmente fora da minha realidade. Estamos buscando apoio para que ele possa correr atrás do sonho”, contou.
Para isso, foi criada uma vaquinha online com o objetivo de arrecadar R$ 60 mil, valor ainda distante do total necessário. A campanha pode ser acessada pelo link: campanhadobem.com/danielbailarino. Além da doação financeira, qualquer tipo de apoio é bem-vindo. “Ajudar na divulgação, conhecer alguém que possa patrocinar e até mesmo colocar ele nas orações já nos ajuda muito”, esclareceu a mãe.
Um dom e uma certeza

Desde muito pequeno, Daniel demonstrava interesse pela arte. “Ele sempre se interessou por filmes musicais e amava assistir aos vídeos da cantora Sia, copiando os passos de dança”, contou a mãe. Inicialmente, ele queria fazer ginástica, mas, sem conseguir uma vaga, acabou encontrando na dança uma nova paixão.
A decisão de entrar no balé surgiu de forma espontânea, quase como uma brincadeira. “Estávamos passando em frente à Korpus e brinquei com ele sobre fazer balé. Ele aceitou, fez uma aula experimental e se apaixonou”, lembrou Carolina.
O Studium de Dança Korpus foi a primeira escola de dança que acolheu o menino, e segundo a mãe, foi fundamental para que ele se sentisse acolhido e parte de uma família.
Nem sempre, porém, o caminho foi fácil. A escolha pelo balé despertou comentários preconceituosos, inclusive entre familiares e amigos. “Houve muitos questionamentos por ele fazer balé. Por algumas vezes ele pensou em desistir, mas conversei com ele para que não deixasse o preconceito o afastar daquilo que ele ama fazer”, relembrou a mãe.
O pequeno grande bailarino

Em sua estreia no Grande Prêmio Internacional de Dança do Espírito Santo, Daniel já mostrou a que veio. Apesar de a família ter ido para a competição sem grandes expectativas ou como Carolina revelou: “Na cabeça dele, ele só queria dançar”, o menino foi reconhecido por seu talento e recebeu cinco bolsas internacionais:
- Cloche Ballet – Argentina
- The Dallas Conservatory – Estados Unidos
- Hollywood Ballet Academy – Estados Unidos
- International Ballet Academy – Estados Unidos
- West Side Ballet – Estados Unidos (bolsa para o programa Summer Intensive, que ocorreria em junho deste ano, mas foi adiado para o próximo ano)
Um detalhe especial marcou esse momento: a bolsa da West Side Ballet foi entregue por Joy Annabelle Womack, bailarina americana renomada que tem até mesmo um filme sobre sua trajetória e é grande inspiração para Daniel.
Além disso, Daniel passou na primeira etapa da seletiva da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, um dos centros de formação mais respeitados do mundo. A próxima e decisiva fase será em outubro, em Joinville, Santa Catarina.
“A Viviane, coordenadora da Korpus, sempre viu potencial nele. Desde o ano passado falava sobre a possibilidade de levá-lo para o Bolshoi. Em abril, ele fez a primeira audição no Rio e passou. Agora vamos para a fase eliminatória em outubro, que acontece num sábado e domingo”, explicou Carolina.
Em meio a tudo isso, Daniel segue firme em seu propósito. Ainda tentando absorver tantas conquistas em tão pouco tempo, ele é claro sobre o que quer para o futuro: “Ele quer se formar e ser professor. Fala em ter um projeto para dar aulas para crianças carentes. Caso não consiga, quer ser professor de educação física e dar aulas em escola pública”, revelou.
Hoje, seu maior sonho é estudar no Bolshoi, mas também sonha em um dia dançar na França. E, para a mãe, as oportunidades que estão surgindo agora podem mudar completamente o destino do filho.
“Costumo dizer que as oportunidades não batem à porta duas vezes. Ele se vê sendo um bailarino, e eu quero estar ao lado dele para apoiá-lo, onde quer que seja. Vamos agarrar essas chances que serão incríveis para o futuro dele”, finalizou Carolina.
Link da vaquinha: campanhadobem.com/danielbailarino
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