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Coluna Palavra de Fé: Menos ataque, mais resistência

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 09:00
Atualizado em 8 de dezembro de 2024 às 09:00

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pela fe - Coluna Palavra de Fé: Menos ataque, mais resistência
Foto: reprodução

As inúmeras pressões da vida às vezes nos fazem esmorecer ou, como diz a minha avó, “titubear”. Tudo vai bem até percebermo-nos dentro de um estado de incertezas e hesitações. Nas palavras do mineiro Guimarães Rosa: o correr da vida embrulha tudo, ela é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Não sei se esse importante escritor brasileiro teve contato com as Escrituras, mas o que Guimarães Rosa chamou de coragem, o apóstolo Paulo deu o nome de resistência. Aos Efésios, ele escreveu: vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. (6:13, NVI)

No vai e vem da existência, o que precisamos é ter a coragem de resistir. Resistir as ciladas do diabo, os negócios ilícitos, os prazeres fáceis, as tentações, indiferenças e medos. Nossa batalha não é de ataque, é de resistência. O inimigo já foi derrotado, nós já vencemos o maligno, agora resta-nos resistir.

Muitas pessoas têm passado pela vida armadas dos pés à cabeça, vivem em prontidão para atacar o próximo, ferir e magoar. Preenchidas por rancor, ressentimento e ira, tornam-se verdadeiras trincheiras, escondendo-se em buracos existenciais. Passam a adquirir inúmeros aparatos de ataque!

Não precisamos atacar nosso próximo. É tempo de reafirmar que quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, que meu irmão não é meu adversário, porque, continua o apóstolo Paulo, “a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.” (6:12, NVI)

Porém, essa é uma luta de resistência e não de ataque. Nos versículos próximos, a inspiração divina nos orienta à firmeza mediante as seguintes vestimentas: cinto da verdade, couraça da justiça, sandálias da prontidão, escudo da fé, capacete da salvação e a espada do Espírito. (6:14-17, NVI)

Note que são cinco aparatos de defesa, aparatos de resistência – cinto, couraça, sandália, escudo e capacete – na nossa luta. Resistimos as pressões desse mundo com verdade, justiça, prontidão e fé. É uma luta de resistência. Note também que existe apenas um aparato de ataque, a espada (e que não é nossa, é do Espírito).

É tempo de resistir e continuar trabalhando em prol do Reino. Em um mundo de mentiras, resistimos ao lado da Verdade. Em um mundo de injustiças somos portadores da justiça. Em tempo de trevas, apresentamos a fé. Não podemos ser conhecidos pela ferocidade da vingança ou pelo discurso inflamado, mas sim pela humildade da paz.

Nós somos o povo da resistência. Durante toda a história, resistimos aos imperadores tiranos nos primeiros séculos, resistimos a perseguição, resistimos as pedras. Hoje não existem seguidores de Nero, mas bilhões de seguidores de Cristo.

Agora, resistir até quando? Até que a promessa do retorno do Salvador se cumpra. Ora, “feliz o servo a quem seu senhor encontrar trabalhando quando voltar.” (Mateus 24:46) O desafio é que Ele nos encontre resistindo ao reino das trevas e da corrupção. Quanto ao diabo, quando a gente resiste, ele foge. (Tiago 4:7)

É uma batalha de resistência, Jesus já derrotou as potestades, não precisamos atacar os derrotados, precisamos resistir a eles. Por quê? Para que não sejamos como eles. Vencer é não se perder. Vencer é continuar firme é não se tornar como os inimigos. Vencer é ter a certeza de que estão vindo nos buscar.

A tribulação produz perseverança (Rm 5:3-4), o que é sinônimo de resistência. A oração da comunidade de Cristo deve ser para que todos permaneçam firmes mesmo diante das pressões da vida. Para que a nossa disposição para atacar seja substituída pela nossa capacidade de resistir, mas para isso, como disse o escritor mineiro, o que a vida requer da gente é coragem.

As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es

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