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Comerciante é agredida por mulher em situação de rua e moradores relatam insegurança em Guarapari
Mulher teve o nariz quebrado após impedir furto em mercearia e insegurança preocupa moradores
Por Maria Leandra Aroeira
Publicado em 1 de abril de 2025 às 17:29
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Uma comerciante de Guarapari foi agredida na manhã da última segunda-feira (31) ao tentar impedir um furto em seu estabelecimento, localizado no bairro Perocão. Eliana Canterin, de 60 anos, teve o nariz fraturado após levar um soco de uma mulher em situação de rua.
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Segundo Ana Carolina Canterin, filha da vítima, o episódio ocorreu por volta das 7h da manhã, quando uma mulher entrou na mercearia e tentou furtar um pacote de biscoito. “Minha mãe tomou da mão dela e pediu que ela fosse embora. Ela insistiu que queria comprar alguma coisa, minha mãe pediu que escolhesse logo e se retirasse”, relatou.
A situação, que parecia controlada, tomou um rumo inesperado. “Ela começou a sair, mas de repente tentou chutar a perna da minha mãe, que se esquivou do chute e foi surpreendida com um soco no nariz. Minha mãe até revidou, mas começou a sair muito sangue. O golpe quebrou a ponta do osso do nariz dela.” A polícia foi chamada para averiguar o ocorrido, porém, ao perceber que a mulher estava sob efeito de drogas, acionou o Samu.

A família, que tem um comércio tradicional na região, afirma que a violência e situações de conflito se tornaram frequentes desde a instalação do Centro Pop no bairro. “Todos os dias, perco as contas de quantas pessoas em situação de rua entram em nosso comércio pedindo dinheiro, incomodando nossos clientes e até mesmo amedrontando as pessoas na rua”, desabafa a filha da comerciante.
Moradores de outros bairros também relataram insegurança com o alto número de pessoas em situação de rua na cidade. “Os moradores de rua enchem os espaços com geladeira, malas, carrinhos de mão. Muitos vivem bêbados e gritando, cometem atos sexuais, xingam e incomodam as pessoas que passam”, conta uma moradora do bairro Muquiçaba, que preferiu não se identificar.
Segundo ela, apesar de diversas tentativas de buscar auxílio por meio do Centro POP, a situação permanece sem ser resolvida. “Sempre me informam que não podem fazer nada à força. Alguns dos que ficam na rua até têm casa, mas não querem voltar”, relatou.
Resposta da prefeitura
Em relação ao ocorrido com a vendedora, a prefeitura de Guarapari informou, por meio de nota, que quando um indivíduo em situação de rua comete um crime, como o furto, ele deixa de ser considerado apenas um morador em situação de vulnerabilidade social, passando a ser um infrator da lei.
“Nesse contexto, a responsabilidade de apuração e resposta ao delito é da polícia, que deve ser acionada imediatamente, conforme o protocolo legal”, informou a administração.
Sobre as ações realizadas pelo Centro POP, a prefeitura informou que promove iniciativas voltadas ao apoio e assistência aos moradores em situação de rua, oferecendo serviços de acolhimento, alimentação e apoio psicossocial. “Denúncias sobre risco envolvendo pessoas em situação de rua precisam ser denunciadas sempre à Polícia Militar”, concluiu a nota.
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