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Dia Internacional da Mulher: conheça Renata Marilu

A data carrega inúmeras histórias de superação e conquista e nós selecionamos algumas para compartilhar

Por Redação Folhaonline.es

Publicado em 7 de março de 2025 às 14:35

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Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, o folhaonline.es celebra a força e a determinação feminina na luta por igualdade e direitos. Mais do que uma homenagem, este é um reconhecimento às conquistas já alcançadas e um incentivo para os desafios que ainda existem. Sabe aquela frase “lugar de mulher é onde ela quiser”? Renata é a prova disso.

Natural de São Paulo, mas se considerando mais capixaba do que paulista, Renata Marilu, de 53 anos, é casada, mãe, avó e atua como motorista operadora de caminhão munck em uma empresa prestadora de serviço de uma mineradora. A trajetória dela começou em 2008, quando deu os primeiros passos como motorista de ônibus. Antes disso, atuou como cobradora e enfrentou diversas barreiras para conquistar espaço em um setor majoritariamente masculino.

Ingressar na profissão não foi fácil. O principal desafio era a falta de experiência, mas Renata encontrou nos cursos profissionalizantes uma forma de se destacar. “A maioria dos motoristas na época não tinha curso. E eu, por ser mulher e por estar começando essa trajetória, tinha”, relembrou.

A oportunidade veio quando ela levou o currículo para uma empresa, acompanhado de todos os certificados que havia conquistado. A reação dos recrutadores foi de surpresa. Quando questionada sobre experiência, a resposta foi direta: “Não, não tenho experiência. Eu preciso que alguém me ajude, que alguém me dê essa experiência”.

O dono da empresa decidiu contratá-la, mesmo com a resistência interna. “Ele disse: ‘tanto os motoristas como os gerentes aqui falaram que eu sou louco em contratar você, que eu ia me arrepender’; aí ele me fez a pergunta: ‘Eu vou me arrepender?’. E eu simplesmente falei com ele: ‘não’”, contou Renata.

A aposta deu certo. Anos depois, Renata construiu uma carreira sólida como operadora de máquinas pesadas através de muito esforço e dedicação. Mas o começo não foi simples. Ela lembra que enfrentou resistência, comentários duvidosos e olhares desconfiados, afinal, sempre existiu o estigma que mulheres dirigem mal ou que não podem desempenhar trabalhos pesados. No entanto, ao invés de se abalar, ela decidiu provar a competência através do trabalho.

“Ao invés de ficar com medo e ficar deprimida, eu simplesmente lutei e mostrei que, mesmo sendo mulher, eu poderia trabalhar tão bem quanto um homem. No ônibus, no caminhão, numa máquina ou num içamento de carga, eu sou tão boa quanto”, afirmou.

A resistência inicial não a impediu de seguir em frente. Pelo contrário, serviu de combustível para se impor e conquistar o próprio espaço. Renata reflete sobre a necessidade constante de as mulheres provarem seu valor no mercado de trabalho. “Nós, mulheres, infelizmente, em nossa vida, temos que provar que somos melhores e isso não deveria existir”. Apesar das dificuldades iniciais, ela reconhece que teve apoio de pessoas que acreditaram em seu potencial. “Tive dificuldades no começo, mas não foi tanta porque eu consegui me impor, eu consegui mostrar o meu trabalho. E conheci também muitas pessoas que me ajudaram, que me apoiaram, e isso é importante”.

Com o tempo, a realidade começou a mudar. Para Renata, a presença feminina em áreas antes dominadas por homens está cada vez mais naturalizada. “Hoje em dia, a aceitação da mulher dentro da área, em qualquer ramo que seja, está sendo bem-vista. Na minha época era complicado, mas hoje não. Hoje tem a questão da inclusão, da diversidade”.

Ela reforça que a capacidade feminina não deve ser subestimada.

“Nós, mulheres, temos a capacidade de fazer o que quisermos. Operar máquina, dirigir uma carreta, trabalhar em casa. Então, hoje em dia, não existe mais esse discurso de que lugar de mulher é em casa. Lugar de mulher é onde ela quiser. Eu entendo assim e é assim que tem que ser”.

Texto: Natiele Ribeiro

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