Diretor do HFA explica os procedimentos de internação da gestante

O nascimento de uma criança é um dos momento mais esperados na vida das mães, sejam elas de primeira ou segunda viagem. E para que isso seja feito da melhor maneira e sem sustos, na tarde de ontem (05), o diretor técnico do Hospital Francisco de Assis (HFA), doutor Álvaro Cornélio Mendes de Oliveira, concedeu entrevista há alguns órgãos da imprensa local para explicar como são feitos os procedimentos de internação da gestante na instituição. Álvaro, que já fez mais de 10 mil partos ao longo da carreira, acaba de retornar de um congresso nacional sobre Parto Adequado.

“Nós adotamos um protocolo interno no HFA onde todas as gestantes que chegam com 41 semanas de gestação são internadas até que seja feito o parto. O problema é que muitas mães querem chegar no hospital e serem atendidas imediatamente e temos que priorizar aquelas que estão de fato em trabalho de parto. Não falta leitos na maternidade do HFA e a estrutura que temos aqui é mais que adequada para o tamanho da população, então quando não internamos uma gestante, não é porque não há vagas ou não queremos, mas é porque ainda não está na hora dela dar à luz”, explicou.

Dr. Àlvaro: com mais de 10 mil partos realizados, é o diretor técnico do HFA. Foto: João Thomazelli/folhaonline.es

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O médico disse ainda que em situações normais é possível que a gestante perca líquido e até sinta contrações, mas isso não quer dizer que já está em trabalho de parto. “Quando a gestante nos procura, fazemos uma série de exames para verificar se a bolsa se rompeu de fato ou é apenas perda de líquido, o que é normal às vésperas do nascimento da criança. Jamais mandaríamos uma mãe de volta para casa se constatarmos que ela está em trabalho de parto”, disse o diretor técnico.

Álvaro explicou que em todos os plantões há uma equipe altamente especializada na área e todos fazem a avaliação da paciente antes de tomarem alguma medida, seja para internação ou para liberar para que a gestante volte para casa.

“As gestantes que fazem o pré-natal pela rede municipal, ao chegar na 36ª semana são convidadas a virem ao HFA e aqui lhes são apresentadas os procedimentos adotados desde a admissão na recepção até a sala para onde o bebê será levado depois do parto. Aqui explicamos todos os procedimentos e protocolos para que tudo ocorra bem”, disse o médico.

Em 2016 foram realizados 1300 partos no HFA. Foto: João Thomazelli/folhaonline.es

Sobre as reclamações de algumas gestantes estariam sendo enviadas para casa mesmo depois de estarem com a bolsa rompida e em trabalho de parto, o médico falou que se for feitos os exames e constatado que a gestantes está de fato em trabalho de parto, elas ficam internadas.

“O que ocorre é que muitas mães e até médicos se confundem na hora de calcular as semanas de gestação. É sempre mais seguro tomar como base o primeiro exame de ultrassonografia, geralmente feito entre a sétima e décima semana de gestação. Em muitos casos a mãe acredita que está na 41ª semana, mas ainda não chegou neste ponto. E a internação na 41ª semana é um protocolo do HFA. Em outros hospitais, como alguns da Grande Vitória, a internação só ocorre depois de 42 semanas de gestação”, concluiu.