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Entregadores do iFood em Guarapari aderem à paralisação nacional e cobram melhores condições de trabalho
Trabalhadores reivindicam aumento na taxa mínima de entrega e maior transparência nos repasses da plataforma
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 29 de março de 2025 às 09:00
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Os entregadores do iFood em Guarapari decidiram paralisar suas atividades nos dias 31 de março e 1º de abril, aderindo ao movimento nacional que cobra melhores condições de trabalho da plataforma. Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste da taxa mínima de entrega para R$ 10,00 e mudanças na política de repasses, especialmente em casos de rotas duplas, quando dois clientes pedem encomenda de um mesmo estabelecimento e o mesmo trabalhador fica encarregado de entregar. Eles alegam que a empresa recebe duas taxas de entrega por essas rotas duplas, mas não repassa o valor integral ao entregador.
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De acordo com Thiago de Paula Marins, um dos participantes dessa mobilização, a paralisação é resultado de um longo período de insatisfações. “Isso é o acúmulo de tudo vem acontecendo conosco junto à desvalorização”, explicou. Segundo ele, os trabalhadores enfrentam dificuldades como a defasagem do valor pago por entrega, o aumento dos combustíveis e os altos custos com a manutenção de veículos, sejam motos ou bicicletas.
Além disso, os entregadores denunciam a falta de diálogo com o iFood. “Nunca conseguimos um diálogo ou qualquer tipo de conversa com o iFood. O único apoio que temos em certas situações são os outros entregadores, que possivelmente já passaram por algo parecido e assim ajudam”, relatou Thiago.

Apesar da paralisação, a categoria reforça que não tem a intenção de prejudicar comerciantes ou consumidores. “Esperamos que o impacto seja somente na plataforma e que os responsáveis olhem por nós, que somos a ligação da loja para o cliente, de outra forma e nos valorizem. Pois fazemos parte de uma engrenagem e os únicos prejudicados somos nós”, afirmou.
Caso as reivindicações não sejam atendidas, novas paralisações não estão descartadas. “O objetivo é simplesmente conseguir essas mudanças. Mas creio que conseguiremos ser vistos e ouvidos por eles, afinal de contas estamos falando de uma paralisação nacional e não local ou regional”, finalizou Thiago.
Texto: Natiele Ribeiro
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