Entrevista: Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha 

Recentemente, o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, esteve em Guarapari. Na ocasião, palestrou no VII Congresso dos Vereadores do ES (Congreves), que aconteceu no Sesc e reuniu mais de 400 vereadores. 

Entre as pautas destacadas no evento, o poder de articulação. Durante apresentação, Arnaldinho, falou da própria experiência na administração de Vila Velha e da importância do relacionamento entre os Poderes Executivo e Legislativo. 

O político, que foi vereador por dois mandatos consecutivos (2012-2015 | 2016-2019), eleito prefeito em 2020 e reeleito para o atual mandato com quase 80% dos votos, também abordou esse e outros temas durante entrevista. Confira: 

Prefeito, o senhor tem uma experiência exitosa na Administração Municipal de Vila Velha, qual o recado para o Legislativo neste momento? 

Arnaldinho Borgo: Sou oriundo do Poder Legislativo, meu primeiro mandato foi como  vereador, em 2012, e o que eu tenho para falar é que o Legislativo me deu base sólida para eu entender os processos da Casa, as necessidades de um vereador e, hoje, eu acolho muito bem as demandas que vêm deles; porque eu sei que são eles as primeiras portas a serem batidas pela população e são eles que estão mais próximos do cidadão e que me trazem necessidades que, em algumas vezes, não conseguimos enxergar. E dessa forma, a administração consegue atuar; acredito que o diálogo é a palavra-chave. Eu costumo dizer que na minha administração o Legislativo também faz obra a partir do momento que traz a demanda.

Qual a autoavaliação do primeiro mandato e a expectativa para este segundo período à frente da Prefeitura de Vila Velha? 

AB: Bom, o primeiro mandato foi planejado e focado para resolver o básico da cidade, pois nem isso funcionava. Nós entregamos dez novas Unidades Básicas de Saúde; entregamos um Caps (Centro de Atendimentos Psicossocial) e uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que estavam há mais de uma década sendo construídos; entregamos 22 novas escolas e saltamos de duas para dez escolas de tempo integral; saímos de 45 mil para 58 mil alunos na rede municipal de ensino; entregamos 35 campos de futebol e mais de 130 áreas de lazer. Para este segundo mandato, nós partimos para entregar o extraordinário para a população de Vila Velha; extraordinário igual ao Morro do Moreno, o Parque Linear embaixo da Terceira Ponte com aproximadamente 2km e fechando o canal; estamos falando de obras como a do calçadão, onde vamos chegar a 32 km de ciclovia, com iluminação, pavimentação e drenagem, interligando toda orla da cidade. 

Dentro da sua visão de governança para a sociedade que mais precisa, o senhor tem algum prioridade? 

AB: Sim, a nossa prioridade hoje é resolver a questão das moradias sociais, já estamos construindo 280 moradias sociais em Vila Velha, e temos um projeto de construir um bairro social no município, com aproximadamente mil casas. Além disso, aumentar o número de escolas e consequentemente mais escolas de tempo integral, para que os pais possam trabalhar e ter um local que direcione as crianças para o lado do bem; essas são prioridades da administração. 

Percebemos ao longo do primeiro mandato uma parceria com o Governo do Estado e com o governador Renato Casagrande, como o senhor avalia essa relação? 

AB: Em 2020, a nossa candidatura não recebeu o apoio do governador Renato Casagrande, mas, assim que as eleições terminaram, eu busquei uma agenda com ele para dizer que, com o fim das eleições, eu gostaria de construir uma história nova para Vila Velha com ele; e assim ele aceitou. E o diálogo que a gente mantém com o governo estadual, com a Câmara de Vereadores e com a população tem efeito positivo; o exemplo são os investimentos que a cidade tem recebido e que há mais de 20 anos não tinha. Ao contrário do que os prefeitos anteriores fizeram, de brigar com o governador, eu fui lá e pedi ajuda dele e, hoje, Vila Velha é uma cidade próspera, com os melhores indicadores do Espírito Santo e do Brasil, é uma cidade protagonista. 

Sobre o futuro político, o que tem como plano? 

AB: Eu já falei e vou repetir, nós temos um candidato no governo que é o Ricardo Ferraço; o governador Casagrande é quem vai definir e, se for ele realmente, a gente vai seguir. Mas eu sempre digo que eu estou pronto e preparado se precisar de mim; eu não tenho pressa, estou muito novo, mas pronto para encarar.