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Estudantes pedem a volta de professores

Por Natália Zandomingo

Publicado em 31 de maio de 2016 às 18:43

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Estudantes colhem assinaturas. Foto: Hamilton Garcia.

Estudantes colhem assinaturas. Foto: Hamilton Garcia.

Os estudantes  das escolas estaduais de Guarapari prejudicados com a falta de professores de algumas matérias resolveram se unir para pedir a volta dos docentes para as escolas. Preocupados com o ano letivo e com os processos de seleção, como o Enem, eles foram às ruas e estão colhendo assinaturas em um abaixo assinado que conta com o apoio de quem mora perto das escolas.

Na noite da última segunda-feira (30) eles protestaram no Centro de Guarapari, fechando por alguns minutos a ponte e as vias em direção a Muquiçaba. Segundo uma das organizadoras, a estudante Bianca Nascimento Ferreira, da escola Angélica Paixão, a ideia de protestar partiu dos próprios alunos que estão sendo prejudicados com a falta de aulas. “A manifestação é em prol dos DTs (Professores em designação temporária) mandados embora. Na nossa escola foram demitidos seis professores das matérias de matemática, geografia e do curso técnico”, contou.

Debora Câmara estuda na mesma escola que Bianca e está na terceira série do ensino médio. Ela contou que os estudantes vão continuar cobrando a volta dos professores até o problema se resolver. Segundo Debora “Não tem como a gente fazer o Enem sem professor. Estamos tendo aula vaga porque o Estado tirou nossos professores e por isso estamos unindo as escolas de Guarapari. Não vamos parar por aqui”.

Protesto passa pelas ruas de Muquiçaba. Foto: Hamilton Garcia.

Protesto passa pelas ruas de Muquiçaba. Foto: Hamilton Garcia.

Quem também resolveu se mobilizar foi o estudante Vinícius Lino, da escola Lyra Ribeiro Santos, do Bairro Kubistchek. Ele pediu apoio ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) para fazer um abaixo assinado que, até o momento, conta com 400 assinaturas. “Estamos sem aula de matemática desde o dia 18 de maio e essa matéria é essencial”, contou Vinicius, que também disse que na escola dele seis professores foram dispensados.

Uma professora que não quis se identificar contou que os professores foram demitidos antes do término do contrato que tinha validade até dezembro deste ano. Ela explicou que os certificados de complementação pedagógica foram rejeitados devido uma nova resolução que prevê que as faculdades que oferecem o curso devem estar cadastradas no Ministério da Educação (MEC), para oferecer tais cursos. Entretanto eles já haviam passado pelo processo de seleção e só agora, no meio do ano letivo, foram afastados prejudicando estudantes e professores.

Em nota a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) explicou que os professores foram desligados por determinação da Justiça. Segundo a secretaria o edital número 23 de 2015, que selecionou os atuais professores temporários, estabelece que os certificados de complementação pedagógica são pré-requisitos e devem atender às resoluções 02 de 1997 e 02 de 2015. Estas resoluções definem que a instituição de nível superior só pode ofertar o curso caso seja autorizada pelo MEC.

A Sedu informou ainda que os professores só foram contratados devido a uma liminar que obrigou o órgão. Após a queda da liminar a Sedu rescindiu as contratações em desacordo com o edital para convocar os aprovados em situação regular, que já estão em processo de contratação.

Rodrigo da Fonseca, diretor de comunicação do Sindiupes, informou que o sindicato está orientando a categoria a processar as faculdades que emitiram os certificados e que nesse caso a entidade fica sem ter como agir, pois o edital determina as regras do processo seletivo. O diretor disse ainda que os profissionais filiados serão auxiliados no processo contra as instituições de ensino.

Ministério Público vai investigar

Segundo informações da assessoria do MPES, a Promotoria de Justiça Cível de Vitória, iniciou a apuração a partir de denúncias de que os professores contratados no processo seletivo de 2015 estão sendo dispensados pelo Estado este mês, prejudicando o andamento do ano letivo e causando instabilidade para alunos e professores.

O Ministério Público informou ainda que, segundo as denúncias, até o momento tiveram os contratos cancelados professores das escolas Lyra Ribeiro Santos, Manuel Rosindo, Angelica Paixão, Zenóbia Leão, Joventina Simões, Dr. Silva Mello, Leandro Escobar e Escola Guarapari.

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