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Famílias ficam ilhadas por causa de esgoto em Guarapari

Por Redacão Folha Vitória

Publicado em 19 de abril de 2017 às 11:16

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Imagine acordar todos os dias e sentir um forte cheiro de esgoto vindo do seu quintal. Imagine ter que adaptar a sua rotina a uma situação desumana e não conseguir ajuda de ninguém. Esta é a realidade de duas famílias que moram no bairro São João, em Guarapari.

Há oito dias os moradores de duas casas da rua Ariticuns convivem com esgoto in natura nos quintais e o que é pior, ninguém até agora veio até eles para ajudar.

Willian teve que improvisar uma ponte para poder sair de casa. Foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

Willian teve que improvisar uma ponte para poder sair de casa. Foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

“Aqui passa uma manilha da prefeitura que sai lá na frente, em Olaria. Mas uma semana atrás começou a esborrar aqui e alagou o meu quintal e do vizinho. Chamamos a prefeitura e falaram que responsabilidade da Cesan. A Cesan falou que é rede de drenagem pluvial, então a responsabilidade é da prefeitura. Enquanto isso, já tem uma semana e estamos nesta situação”, conta o auxiliar de serviços gerais Willian das Neves Pereira, 30 anos.

Willian teve que improvisar uma ponte para poder sair de casa e disse que os três filhos pequenos já estão com doenças nos pés por causa do esgoto.

“Tem até rato morto nessa água. Meus filhos têm que passar aqui para ir para a escola e já tem micoses aparecendo no pezinho deles. Não deixamos eles pisarem na água, mas quando vão para escola, acabam tendo que passar aqui”, disse Willian.

O aposentado José Ferreira da Cunha, 81 anos, viveu grande parte da vida dele no mesmo lugar e diz que nunca viu algo do tipo acontecer. “É a primeira vez e ninguém vem ajudar. Fica um colocando a culpa nas costas dos outros”, lamenta.

Brunela está ilhada na casa onde mora por causa do esgoto. foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

Brunela está ilhada na casa onde mora por causa do esgoto. foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

Brunella Vieira Rosa, 20 anos, segurava o sobrinho no colo pensando em uma maneira de sair de casa sem pisar na água fétida quando a reportagem do Folha da Cidade estava no local. Ela não sabe o que fazer, já que a casa dela está literalmente ilhada.

“Não dá nem para acreditar que isto é de verdade. Não podemos sair de casa, não podemos estender as roupas no varal. Tem criança morando nesta casa e temos que manter elas trancadas para não caírem neste esgoto. Alguém tem que nos ajudar!”.

A Secretaria Municipal de Obras informou que, de acordo com o relato dos moradores, o transbordo ou retorno para a casa caracteriza a ocorrência de ligações clandestinas de esgoto na rede de água pluvial da Prefeitura, o que é caracterizado como crime ambiental. Uma equipe irá até o local para verificar a situação da rede pluvial e as possíveis ligações clandestinas serão interrompidas.

É importante ressaltar que onde não há rede de esgoto da CESAN, os moradores devem realizar a implantação do sistema de fossa séptica, filtro e sumidouro, conforme legislação.

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