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Foram condenados a mais de 60 anos de prisão os acusados de matar família durante jogo de RPG em Guarapari

Por Redacão Folha Vitória

Publicado em 28 de junho de 2019 às 17:19

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O julgamento foi realizado no Fórum de Guarapari. O crime aconteceu em 2005, quando pai, mãe e filho foram assassinados

fórum - Foram condenados a mais de 60 anos de prisão os acusados de matar família durante jogo de RPG em Guarapari

Fórum de Guarapari. Foto: Reprodução/TJES.

Os jovens acusados matar três membros de uma mesma família durante um jogo de Role-Playing Game (RPG) foram condenados a mais de 60 anos de reclusão, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e furto qualificado. O julgamento aconteceu na quinta-feira (27), em Guarapari, mais de 14 anos após o crime.

Os dois acusados, identificados como Ronald Ribeiro Rodrigues e Mayderson de Vargas Mendes foram considerados culpados pela morte do casal Heloísa Helena Andrade Guedes e Douglas Augusto Guedes, além do filho deles, Tiago Andrade Guedes, na Praia do Morro, em Guarapari, em abril de 2005.

Cada um dos responsáveis pelos crimes foram condenados ao total de 63 anos e 8 meses de reclusão, sendo 19 anos pelo homicídio de cada uma das três vítimas, mais 6 anos e 8 meses pelo crime de furto. Pelo fato de os acusados terem sido presos preventivamente em 2005 e soltos em 2008, o tempo de reclusão já cumprido foi descontado da pena aplicada durante o julgamento. Sendo assim, a pena a ser cumprida por cada um dos réus é de 60 anos, 4 meses e 24 dias.

Segundo as investigações, os crimes teriam sido motivados por um jogo de RPG, modalidade em que os jogadores assumem personalidades fictícias em uma trama vivida como se fosse a realidade. Um dos acusados estaria participando do jogo junto com o filho do casal. Segundo os policiais, os assassinos teriam utilizado um revólver calibre 32 para cometerem o crime. O item teria sido comprado pelos acusados dois meses antes dos homicídios.

O crime

As investigações apontaram que dias antes do crime Mayderson teria chegado na residência das vítimas por volta das 20h30. Ele teria sido recebido na porta pelo aposentado e pela corretora de imóveis, que autorizou a entrada do rapaz. O homem já era conhecido das vítimas, pois era amigo do filho do casal há três anos e estaria acostumado a pernoitar na casa.

Mayderson então se dirigiu ao quarto do filho do casal, que não estaria no local no momento. O rapaz chegou logo em seguida. Na sequência, Ronald, o segundo denunciado, teria chegado à residência. Essa seria a primeira vez que ele entrava na casa das vítimas.

Segundo o inquérito, eles teriam então dado início a um jogo de RPG, que os jogadores assumem personalidades dos personagens, com roteiro inventado pelos rapazes. A regra, de acordo com a acusação, era que Tiago e sua família deveriam morrer. A prova disso, segundo os investigadores, é que os acusados foram para a casa da família já portando um revólver.

Depois de iniciado o jogo, ainda de acordo com o inquérito, os réus teriam concretizado o plano que tramaram antes. Primeiramente, eles tomaram de Tiago o cartão de crédito e a senha. Em seguida, o réu Mayderson teria se dirigido ao caixa eletrônico e efetuado um saque no valor de R$ 1 mil da conta de Tiago, passando, em seguida, em uma farmácia para comprar o psicotrópico. Logo após, ele retornou à casa das vítimas.

Utilizando o revólver, os réus teriam rendido os pais da vítima, que estavam na sala, vendo televisão, amarrando as mãos deles e os obrigado a ingerir os comprimidos de psicotrópico com água. Em seguida, teriam passado fita adesiva na boca das vítimas para evitar que gritassem e vomitassem o remédio que engoliram. O filho do casal teve também as mãos amarradas para trás, e foi igualmente obrigado a ingerir os comprimidos com água. Ele então foi levado para o quarto dele, onde deitou na cama.

“Assim, estando as três vítimas impossibilitadas de se defenderem, pois estavam dormindo, foi fácil ceifar-lhes as vidas. Enquanto Mayderson assistia, Ronald desferiu-lhes os tiros nos ouvidos direitos. A execução foi praticada de modo igual: todos os tiros foram dados da mesma forma, no mesmo local do corpo, sendo que T.A.G., como estava custando a morrer, recebeu dois tiros”, destacou o MPES na denúncia, segundo exposto no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

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