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Guarapari: Imóvel no Jabaraí corre risco de desabamento e vizinha cobra solução

Andriedna e os familiares foram orientados a deixar a residência, situada atrás do prédio repleto de rachaduras, e acredita que a demolição da estrutura é a única solução possível

Por Nicolly Credi-Dio

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 10:26

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predio - Guarapari: Imóvel no Jabaraí corre risco de desabamento e vizinha cobra solução
O prédio, onde quatro famílias viviam de aluguel, foi interditado pela Defesa Civil. Foto: Leitor

Na última terça-feira (27), moradores do Jabaraí acionaram a Defesa Civil, após notarem que um fluxo forte de água vazava das rachaduras de um imóvel, onde quatro famílias moravam de aluguel. Identificado o risco de desabamento, tanto o prédio, quanto a casa situada imediatamente atrás, que pertence à Andriedna, foram interditados. Agora, a vizinha, que teve que deixar a residência junto de seis familiares, cobra uma solução dos órgãos competentes.

Andriedna Moreira da Conceição, que mora atrás do prédio com risco de desabamento, em uma área mais baixa, conta que tudo começou na manhã de terça (27). “Nós acordamos com muita água no quintal de casa e percebemos que estava vazando do prédio. Os vizinhos foram avisando uns aos outros, para deixarem as casas, entramos em contato com a Defesa Civil e ficamos esperando na rua”, relata.

Segundo ela, a equipe da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros estiveram no local, evacuaram o imóvel, onde quatro famílias moravam de aluguel, e interditaram a estrutura, situada na Avenida Santa Cruz, bem como a casa vizinha, onde Andriedna vive com mais seis pessoas. “A Defesa Civil lacrou o prédio, pediu para que a gente deixasse a região e nos orientou a buscar o CRAS”.

rachadura - Guarapari: Imóvel no Jabaraí corre risco de desabamento e vizinha cobra solução
Rachadura na base da estrutura. Foto: Leitor

A moradora afirma que o proprietário do imóvel não atendeu às tentativas de contato, por isso, a Defesa Civil não conseguiu notificá-lo. Contudo, no dia seguinte, ele teria estado no local. “Ele quis entrar na casa já interditada, com material, para mexer na estrutura. Só que ele não pode entrar, é muito perigoso, o assoalho da parte dos fundos da casa já afundou, entrou terra adentro”.

Conforme as instruções, Andriedna buscou o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde recebeu uma lista de documentos exigidos para ter direito ao Aluguel Social. “Eram muitos documentos. Um deles custava R$93,00 para ser emitido. Eu paguei, pela urgência, porque minha família está cada um em uma casa, de amigos e familiares, sem previsão de quando poderemos voltar para casa. Depois, eu soube que o CRAS poderia ter garantido isenção e eu não precisaria pagar o valor, mas não fui informada sobre essa possibilidade”, questiona a costureira, que trabalha em casa e teve que interromper os serviços, pois o material de trabalho ainda encontra-se na residência.

Agora, o que mais preocupa Andriedna é a demora do processo e a ausência de soluções. “Só um dos documentos pode demorar até 10 dias úteis para ser emitido, até lá o prédio já pode ter caído. E mesmo depois que conseguirmos o Aluguel Social, o que vai acontecer, vamos morar de aluguel o resto da vida por que não podemos voltar para nossa casa? E as nossas coisas, que estão lá?” .

documento - Guarapari: Imóvel no Jabaraí corre risco de desabamento e vizinha cobra solução
R$93,53 é o valor cobrado pelo requerimento de uma das certidões necessárias para o processo. Foto: Leitor

Diante da situação, a moradora cobra uma solução dos órgãos competentes. “Do jeito que está o prédio, só demolição resolve. Vão esperar o pior acontecer para tomar uma atitude?”, questionou.

Demolição

Entramos em contato com a Defesa Civil para questionar a possibilidade de demolição da estrutura comprometida e se o proprietário do imóvel já foi notificado. Por meio de nota, o órgão informou:

“A Defesa Civil Municipal informa que já explicou por telefone, toda a situação ao proprietário do imóvel. Inclusive tem procurado o proprietário, residente em outro município, para que tome as providências necessárias quanto a este imóvel, mas no momento ele se recusa a atender os chamados da Defesa Civil, inclusive tinha agendado o seu comparecimento, mas não se apresentou. O mesmo será notificado em seu endereço, de forma oficial, a apresentar um laudo/ Análise de Responsabilidade Técnica (ART)  de um engenheiro sobre a real situação do imóvel. Somente com a apresentação deste laudo será definido sobre a demolição ou não. Vale ressaltar que as família do imóvel e das casa vizinhas foram notificadas a sair de suas residência por apresentar risco iminente à vida.  Além disso, o imóvel foi interditado pela Defesa Civil”.

O que diz a Prefeitura

Buscando respostas para os questionamentos da moradora, também procuramos o Município, a fim de esclarecer: Por que a família não foi informada sobre a possibilidade de receber isenção do valor do documento? De que modo essa família será amparada, já que a casa própria, com todos os bens, está interditada devido ao imóvel vizinho?

A resposta veio por meio de nota:

“A Secretaria Municipal de Trabalho, Assistência e Cidadania (Setac) informa que para conseguir o aluguel social, a pessoa precisa ter uma certidão do Detran informado que não possui veículo em seu nome e outra certidão do Cartório de Registro de Imóveis constando que também não possui imóveis em seu nome. O Cras prestou todos os esclarecimentos e forneceu o encaminhamento de isenção dessas certidões para a família, foi explicado que era só apresentar esses documentos para conseguir a isenção das taxas. Esse é processo normal e automático. O que pode ter ocorrido, foi que a família não tenha apresentado tal documentação, que lhe foi entregue, e por isso tenha sido cobradas as taxas. 

Essa família está recebendo as orientações e atendimentos assistências e será fornecido o aluguel social, este será analisado pelo Conselho Municipal de Assistência Social e neste caso, como é situação urgente, a Setac está vendo como acelerar esse processo”.

Enquanto a situação não é resolvida, Andriedna e os familiares continuam sem poder retornar para casa, aguardando uma medida definitiva.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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