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Mais mortes por infarto que pelo coronavírus poderão acontecer
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 29 de março de 2020 às 15:00
Atualizado em 12 de maio de 2020 às 18:05
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Antônio Ribeiro (*)
A guerra da mídia, que é uma guerra política dos dois governadores mais atingidos e a guerra entre os partidários dos dois lados, a julgar pelas postagens nas redes sociais, tem feito vítimas que não aparecem nas estatísticas.
Só não há guerra nos números da pandemia, porque eles são pequenos se comparados aos internados por outras doenças, que causam muitas mortes todos os dias, como o câncer, doenças cardíacas ou até outras como a dengue.
Para dar números, a Sociedade Brasileira de Cardiologia diz que as doenças do coração causam mais de 300 mil mortes por ano, dado de 2018. O Instituto Nacional do Cancer cita mais de 400 em 2019. A Pneumonia, 200 mil em 2017…
As mortes por corona vírus no mundo não chegam a 20 mil em três meses, o que por projeção não serão 100 mil, o que faz crer que a pandemia tem muito a ver com a falta de estrutura dos países em atender a nova doença.
O pânico em parte se justifica por ter atacado países como a Itália, Espanha e EUA, mais na capital econômica do mundo, Nova Iorque, também desestruturada para atender, gerando por isso, mais notícias alarmantes.
Outro fator de alarido é o fato de estar atingindo muitos famosos, quer do esporte, dos negócios e agora da política. Quando afeta os endinheirados a comoção é maior nos meios de comunicação, com mais destaque.
De nenhuma forma se deve descuidar de uma enfermidade que está atacando o mundo todo e não todo o mundo. Setenta por cento dos casos são de pessoas acima de sessenta anos, que tem outras debilidades.
A condução do ministério da saúde tem sido a contento, equilibrada e na medida do possível, sem viés político, pois neste se encontra o foco do grande debate, que suplanta a própria guerra ao vírus.
Nesta guerra midiática, catalisada pela maioria da população estar em casa 24 horas, as ofensas de parte a parte, certamente farão muitas vítimas entre os de mais de 60 por infarto do miocárdio.
Estimular isso é levar uma outra pandemia às UTIs por pacientes que imaginando que perderão suas empresas ou empregos por conta deste alarde é outro risco que precisaria ser calculado e considerado.
Mas estes não serão alvo de tanta atenção, já que para isso os hospitais e médicos estão preparados, mas que com mais visão de país, poderiam ser evitados.
(*) Especialista em Marketing pela PUC, Master Business Administration pela FGV e Administrador pela Universidade Mackenzie.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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