Anúncio
Mesmo com protesto da população, PMs continuam em greve
Por Criação HM Propaganda
Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 20:24
Anúncio
A tarde desta terça-feira começou tensa em frente à sede do 10º Batalhão da Polícia Militar em Guarapari. Um grupo de cerca de 50 pessoas se reuniram para tentar acabar com a paralisação no policiamento e foram em direção às esposas e parentes dos PMs. Teve bate boca e os policiais de folga que estavam no local fazendo a segurança das mulheres fizeram um cordão de isolamento.
A tensão durou algum tempo até que um grupo de manifestantes foi recebido pelo novo comandante do batalhão, tenente coronel Pessanha. Depois de uma hora de conversa, Pessanha anunciou que hoje, a partir das 19 horas, os policiais militares que assumiriam o serviço iriam para as ruas para resguardar a segurança da população. Porém, o Folha da Cidade percorreu algumas ruas agora à noite e não foi possível constatar a presença de PMs conforme havia sido anunciado.
Vários comerciantes estavam indignados com a postura dos policiais que não estão saindo para fazer o patrulhamento nas ruas da cidade.
“Eu tenho 52 anos e nunca imaginei ver uma coisa dessas em Guarapari. Sabendo que é uma cidade turística, imagina o que as pessoas estão vendo lá fora. O nosso objetivo aqui é tentar negociar para ver se elas têm um pouquinho de consideração pela população e voltem a trabalhar, porque nós não estamos vendo greve de mulher de policial, estamos vendo greve de polícia. Tem que colocar a mão na consciência e negociar como Governador. O povo não vai ficar pagando com a vida”, desabafou o comerciante Valdo Alves.
Com o passar das horas, os manifestantes passaram a fazer churrasco e até dançar na frente dos policiais, mas o confronto que parecia iminente não ocorreu. Por volta das 20h, ainda havia alguns manifestantes na frente do Batalhão.
Ministério Público
Também na tarde desta terça-feira, o Promotor de Justiça Genézio José Bragança enviou uma notificação recomendatória ao comandante do 10º Batalhão para que ele determinasse aos seus subordinados que voltassem ao policiamento nas ruas da cidade.
O promotor pediu também que o comando identifique nominalmente as pessoas que estão impedindo a saída dos militares dos batalhões e encaminhasse a lista com os nomes para a Promotoria de Justiça. Para finalizar, o promotor pediu o nome de todos os policiais do batalhão, assim como aqueles que estavam de serviço no fim de semana e ontem. Não conseguimos confirmar se as recomendações serão acatadas pelo comandante.
Prefeitura de Guarapari
A Prefeitura de Guarapari enviou ofício ao coronel que assumiu o comando da PM, “tendo em vista os acontecimentos das últimas 72 horas e em especial os registros que tomei conhecimento durante minhas visitas periódicas à Unidade de Pronto Atendimento do Município, onde seis pessoas foram vítimas de armas de fogo, sendo que uma veio à óbito e duas foram encaminhadas gravemente feridas para Vitória, inclusive um policial militar, e considerando que Guarapari faz parte da Região Metropolitana, reitero em regime de urgência, a solicitação feita via telefone nesta tarde acerca do envio de militares da tropa de segurança nacional a fim de reestabelecer a ordem no nosso município”.
Escolas fechadas nesta quarta
A rede municipal de ensino também já informou que amanhã, as aulas continuam suspensas visando a segurança e integridade dos alunos e servidores. Muitas instituições particulares também estão de portas fechadas desde segunda, como Jesus Menino e Máxime. O Ifes de Guarapari também continua sem expediente.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.
Tags: