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Morte de fiscal da prefeitura de Guarapari chama a atenção para os riscos ao lidar com abelhas
Por Criação HM Propaganda
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 20:01
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A morte do funcionário da prefeitura de Guarapari Isaías Hamilton de Oliveira na tarde de ontem (12) devido a um ataque de abelhas causou comoção e espanto em todos que o conheciam. Isaías era querido por muitos e uma morte trágica como a dele deixa vários questionamentos sobre como proceder em situações como a passada por ele e os outros dois funcionários que também sofreram o ataque.
A reportagem do Folha da Cidade conversou com o Tenente Rafael Págio, do 5º Batalhão dos Bombeiros (Guarapari) sobre o ocorrido. Págio explicou o que deve ser feito em situações envolvendo um ataque de abelhas e contou como foi o resgate de Isaías na tarde de ontem.
“As abelhas são territorialistas e elas atuam em um um raio de ação específico. Então, em uma situação de ataque, a primeira coisa a se fazer é se afastar o máximo possível do local onde está a colmeia, pois elas não vão muito longe seguindo as pessoas. No caso de ontem, é claro que existia uma situação que não permitiu que a vítima corresse, mas é importante também tentar proteger a cabeça, seja com a camisa que esteja usando ou com outra coisa”, disse Págio.
O tenente disse ainda que em situações onde a segurança das pessoas corre risco iminente, a população deve acionar o Corpo de Bombeiros.
“Nós temos treinamento e equipamento para lidar com situações de controle de insetos, neste caso abelhas, mas é importante que a população entenda que só em casos onde as pessoas estejam de fato correndo risco imediato. Por exemplo, se o dono de uma casa deixa o imóvel fechado e depois de um tempo ele volta e encontra uma casa de marimbondo ou uma colmeia de abelhas ele deve procurar uma empresa de controle de pragas, mas se for algo no meio da rua, em local de grande movimento de pessoas, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado, pois existe o risco imediato das pessoas se ferirem”, finalizou.
Isaías foi sepultado na tarde desta quinta-feira no cemitério do bairro Coroado e dezenas de amigos e familiares compareceram à cerimônia.
“Foi questão de um segundo e o vidro do carro estava preto de abelhas”
Áureo Carneiro Procópio, que é um dos funcionários que estava no carro com Isaías na hora do ataque, contou que tudo aconteceu muito rápido e que só teve tempo de correr.
“Nós fomos verificar uma denúncia de invasão em um terreno. Chegamos lá e não encontramos a invasão, então o Isaías foi manobrar o carro para irmos embora. Quando ele começou a dar ré, bateu em um toco onde estava a colmeia. Foi questão de um segundo e o vidro do carro estava preto de abelhas. Elas entraram pelas janelas e começaram a atacar. O Isaías abriu a porta e saiu correndo e eu fiz o mesmo, só que no desespero foi cada um para um lado”, relembra Áureo.
Áureo contou ainda que quando conseguiu se livrar das abelhas foi até uma boate que ficava próximo e pediu ajuda. Foi quando o Samu foi acionado, mas ao tentar chegar próximo do local onde estava Isaías, os socorristas começaram a ser atacados e foi necessário acionar o Corpo de Bombeiros, que tem equipamentos e roupas específicas para lidar com situações como esta.
Isaías chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento de Guarapari, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
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