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Mulher sofre há mais de um mês com hemorragia e não consegue cirurgia
Por Gabriely Santana
Publicado em 14 de outubro de 2016 às 11:58
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Faz 32 dias que Rosangela Gonçalves de Araújo, moradora de Guarapari, tenta descobrir quais as causas de uma hemorragia que a tem deixado debilitada. Ao longo deste tempo, ela passou por médicos de diversas especialidades, ginecologistas, e já recebeu muitos diagnósticos. Rosângela já perdeu 15 quilos. Para ela, a angústia de não saber qual a doença e não ter o tratamento adequado é ainda pior do que estar doente. “O pior não é ficar doente, mas ficar sem um possível tratamento, uma possível cura”, afirma Rosangela.
A mulher com um fluxo de sangue, não teve a mesma sorte de ser curada, enquanto isso frequenta diariamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarapari para receber medicação para diminuir seu sangramento. “Tenho vários encaminhamentos, e exames que comprovam o meu problema. Procurei a unidade de Saúde da Mulher e o Dr. Fernando, ginecologista, me encaminhou para cirurgia. Eu estive voluntariamente no Hospital Santa Casa e eles me passaram um exame para eu protocolar aqui na Secretaria de Saúde. Preciso fazer um exame de urgência para ver a situação da minha cirurgia”, reclamou.
Mas de lá pra cá pouca coisa mudou. Agora, ela aguarda a resolução do seu problema que está na categoria de risco. Ela já procurou a Defensoria Pública e o município para entender como pode resolver o seu problema de saúde. Mas as respostas que ela recebe não são muito animadoras.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que Rosângela Gonçalves de Araújo já é paciente conhecida do município, a qual tem recebido toda assistência médica até onde é pactuado pelo município. Em nota disse que “A paciente está cadastrada na Central de Regulação do Estado como “prioridade vermelha”. Seu caso necessita de cirurgia ginecológica de competência do Estado e aguarda liberação do órgão estadual. Paliativo, até que o Estado libere e realize a cirurgia, o município dará todo suporte necessário junto a UPA, com medicação diária para inibir ou controlar a hemorragia/sangramento”.
Ou seja, de acordo com a secretaria, o município é apenas porta de entrada para a resolução do problema que é de responsabilidade do Estado. A solicitação passou pela regulação do município e está com prioridade vermelha. O que causa ainda mais indignação de Rosângela. “A secretaria diz que está no “vermelho”, mas que vermelho é esse? Vermelho é demanda de urgência e por que ainda estou sem atendimento?”, disse indignada.
Em um jogo de empurra, procuramos a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que apenas enviou uma nota dizendo que “A Central de Consultas e Exames informa que são disponibilizadas cotas mensais aos municípios e estas consultas são agendas de acordo com a prioridade informada pelo médico do município”.
Enquanto isso, Rosângela segue aguardando que alguém olhe para o seu problema. “Eu estou aqui a ponto de cair na rua e morrer e ninguém vai saber o porquê que eu morri. Quero que eles tenham respeito comigo, além de uma cidadã que tenho direitos, eu sou servidora pública efetiva da área da educação, mas não tô conseguindo trabalhar por conta do meu problema”.
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