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Superação sobre rodas: Maria de Fátima e sua história de felicidade
Por Gabriely Santana
Publicado em 8 de março de 2016 às 14:11
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Relembrando e disseminando histórias de luta, superação e conquista. É assim que o Folha da Cidade resolveu homenagear as mulheres de Guarapari nesta terça-feira (8), dia Internacional da Mulher. Poderia ser mais uma caminhada do dia das mulheres, mas uma história em especial deu cores e tons além do rosa predominante.
Dona Maria de Fátima de Arruda, moradora de Guarapari desde 1985, é uma das rosas que encontramos em meio a multidão de mulheres. Cadeirante, por conta de uma distrofia miotônica genética comprometendo as funções musculares. Mas se engana quem acha que ela não tem disposição. Ela não deixa de fazer nada que uma senhora da sua idade faria. Fátima adora se divertir, arrumar sua casa, conversar e sorrir. Aliás, essa é a sua marca predominante. “Faço tudo que uma pessoa sem deficiência faria, só que um pouco mais devagar. Não vejo limites para nada. Quem coloca os limites na vida da gente somos nós mesmos!”, disse Fátima.
Ela que participa das atividades do Centro Dia, que atende pessoas com deficiência e pessoas em situações de risco, viu neste centro de apoio a possibilidade de uma vida além das duas rodas. “A mulher é aquela guerreira de todos os dias, desde a hora que levanta até o deitar na cama para recomeçar um novo dia. E comigo não é diferente, mesmo com a minha deficiência eu tenho ânimo e disposição para viver. Lá no Centro Dia eu tenho minhas atividades, junto com os meus colegas. É a minha segunda casa”, completou.
E hoje, os motivos que a levam a sorrir são bem maiores. Com um casamento duradouro e uma filha que está prestes a se formar em Educação Física mostraram que todo o esforço para se manter firme valeram a pena. “Eu só tenho o que comemorar. Não deixo de torcer por um país mais justo, sem corrupção, mas sempre fazendo a minha parte como cidadã. E é isso que todos nós devemos fazer. Nunca espere por algo que você mesma pode fazer. Sempre com muita fé em Deus”, aconselhou.
Centro Dia
Para quem não conhece o trabalho desenvolvido pelo Centro Dia, ele atende a pessoas com deficiência que se encontram em situação de isolamento social e vulnerabilidade, vítimas de negligência ou algum tipo de violência, com renda baixa, dentro do perfil definido pela LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social.
“Temos uma topic que pega as pessoas atendidas logo às 8h, oferecemos um café da manhã, terapia com oficinas, almoço, horário de descanso e depois um momento de brincadeiras. O atendimento é como um todo, tanto para os deficientes quanto para a família. Contamos com toda uma estrutura e uma equipe de terapeutas, assistente social e psicólogo. Estamos prontos para atender”, explica a coordenadora Eliane Vitor Lima Borges.
O espaço oferece palestras, oficinas e cuidados aos usuários com espaço de convivência e orientações a seus familiares. Funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h, na Rua Anchieta nº 132, no bairro Ipiranga.
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