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Vereadores rejeitam eleição direta para Diretor escolar
Por Gabriely Santana
Publicado em 6 de maio de 2015 às 20:37
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Foi rejeitado pela Câmara de Vereadores, na manhã desta quarta-feira (06), o Projeto de Emenda que tem como objetivo a eleição direta de diretores e coordenadores das escolas, em Guarapari. O Jornal Folha da Cidade tem mostrado em reportagens anteriores a indignação de professores da rede municipal em relação aos atos de violência nas escolas, baixos salários, e também a eleição democrática para membros da diretoria das escolas, que hoje é feito por nomeação, uma das pautas importantes de reivindicação da classe.
A sessão extraordinária, que contou com a baixa presença dos professores, estava com a maioria dos vereadores no plenário e alguns representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes). “Desde 2013, nós temos feito um trabalho sistemático, inclusive fizemos pronunciamentos na câmara sobre esse assunto, colocamos informativos nas ruas e procuramos parlamentares, informando aos vereadores a importância da gestão democrática. Infelizmente nós ficamos sabendo dessa audiência de última hora, e a maioria dos professores estava em horário de aula”. diz o Profº Adriano Albertino, diretor do Sindiupes.
Segundo Adriano, todos os vereadores têm ciência de que a categoria, os pais e as escolas querem a eleição direta para os cargos de diretores das escolas. “Mais uma vez a gente vê que os representantes da população em sua maioria rejeitaram o projeto que oportuniza a participação da população. Nós entendemos que um espaço que ensina a democracia (escola) deve prezar pelo exemplo, elegendo seus diretores”.
Dos 16 parlamentares presentes, somente cinco foram contra o projeto de lei. Os vereadores contrários foram: Wanderlei Astori (sem partido), Aratu Capistrano (PV), Paulina Aleixo (PP), Sergio Ramos (PMDB) e Fernanda Mazzelli (PSD). Como o projeto altera a Lei Orgânica Municipal, eram necessários doze votos. Um dos vereadores que votou contra foi o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, José Wanderlei Astori. “O projeto é muito inconsistente. Não fala quem pode se candidatar e não delimita idade das pessoas que podem votar. Sou a favor, sim, de uma mudança, mas não da forma que seria feita com esse projeto de lei.”
Para os vereadores que votaram à favor do projeto, a eleição direta dá oportunidade de que os professores tenham autonomia de debater, discutir sobre as necessidades da comunidade. Entre eles estava o vereador Gedson Merízio que pontuou que a gestão da educação deve ser feita pelos próprios gestores. “Fui favorável ao projeto para que as eleições possam acontecer entre os professores e os pais, pois eles são os gestores dessas escolas, mas infelizmente o projeto caiu e acho que isso vai trazer um prejuízo na educação do município de Guarapari” comenta o vereador.
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